Segundo a presidente da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, os funcionários “não exigem nada mais além do que os seus direitos”, os quais têm sido “sucessivamente negados” pela companhia aérea.
O anúncio da greve, hoje e sexta-feira, 17, foi feito pela UNTC-CS após uma reunião de dois dias com o Sindicato da Administração Pública Local e Central (Sacar) e a direcção da companhia aérea inter-ilhas.
No primeiro dia de greve, somam-se sete voos paralisados demonstrando, assim, defendeu Joaquina Almeida, que Cabo Verde é um país onde vigora a lei que também deve ser cumprido pela operadora doméstica.
“A empresa não quer pagar horas extras, voos no momento de folga, dias feriados, empresa tem marcado falta de forma indiscriminada, uma série de violações” elencou, avançando que alguns funcionários já sofreram de intoxicação alimentar devido a refeições fornecidas pela Bestfly.
A porta-voz do grupo, que não quis ser identificada, caracterizou as primeiras horas de “muita ansiedade”, sublinhando que na tentativa de impedir a greve, chegaram a conversar com a companhia, mas que, no entanto, as negociações não decorreram como era suposto e que a operadora mostrou “desde do início” resistente a atender às queixas.
“Antes de procurarmos o sindicato, tentamos conversar com a empresa pessoalmente, mas foi difícil, não teve nenhuma abertura e, muito pelo contrário, não teve abertura e teve represálias”, declarou a mesma fonte.
“Queremos o cumprimento da legalidade, não mais do que isso. Exigimos o pagamento de subsídio de turno, das horas extras de trabalho, pagamento de feriados e folga, pedimos o seguro de inibição de voo, pedimos respeito pela classe e para respeitar o período de descanso e folga” demandou, reiterando que são “importunados com diversas chamadas telefónicas nos dias de folga”.
Daí pedirem “mais meios de segurança” nos voos, realçando que têm sofrido represálias desde 2021, com o início da operação da empresa no mercado nacional, e para as autoridades “olharem para classe”, principalmente para situação da aviação civil em Cabo Verde.