Segundo uma nota do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), no segundo trimestre de 2023, a pobreza global revelou uma diminuição em dois pontos percentuais (p.p.), quando comparado com o primeiro.
A nota aponta que na "Análise Segundo o Meio de Residência", a pobreza aumentou no terceiro trimestre tanto para as zonas urbanas como para as zonas rurais, mas as estimativas dos três trimestres indicam que não há grandes diferenças, em termos percentuais, entre ambos os meios de residência.
Segundo os resultados, a pobreza extrema apresentou uma tendência decrescente tanto no meio urbano como no meio rural, sendo essa pobreza mais elevada no meio rural. No terceiro trimestre, a taxa da pobreza extrema diminuiu em 3,5 p.p. no meio urbano, quando comparado com o segundo trimestre, enquanto no meio rural essa diminuição foi em 1,8 p.p.
O INE avançou que na "Análise Segundo Ilha", as ilhas da Brava, São Nicolau e Maio, apresentaram taxa de pobreza superior à taxa nacional em todos os três trimestres, sendo a ilha da Brava com maiores taxas de pobreza, quando comparado com as outras ilhas.
Os resultados revelaram que a ilha da Boa Vista apresentou a taxa de pobreza extrema mais alta no primeiro trimestre com 27,9% e mais baixa no terceiro trimestre com 0,9%. As ilhas de São Nicolau e da Brava apresentaram taxas de pobreza extrema superiores ao nível nacional em todos os três trimestres.
O INE sublinha que os resultados apresentados são baseados nos dados recolhidos no IV Inquérito às Despesas e Receitas das Famílias (IV IDRF). Os limiares utilizados para classificar a população como pobre e não pobre, são os do IDRF 2015, que utilizou a abordagem absoluta para estimação da pobreza.
O IV IDRF é uma operação estatística cujo principal objectivo é conhecer o nível e a estrutura das despesas de consumo e do rendimento.