Jorge Maurício fez o alerta à imprensa, no Mindelo, na sequência de um encontro na terça-feira, 09, com o embaixador de Portugal em Cabo Verde e que teve como propósito trocar informações sobre o panorama empresarial no norte do País.
Questionado sobre a recente saída de profissionais do País para trabalharem em países como Portugal, o responsável da agremiação empresarial considerou ser “legítimo” deixar as pessoas, num mercado global, terem a liberdade de escolha sobre onde querem estar, trabalhar, produzir e fazerem as suas vidas.
Mas, asseverou, os empresários nacionais devem também tentar saber o porquê das empresas estrangeiras virem recrutar mão-de-obra precisamente em Cabo Verde.
“Portanto, se nos vêm recrutar trabalhadores, porque são bons, se são bons para irem trabalhar fora, são bons para trabalharem em Cabo Verde e devemos valorizar também a mão-de-obra”, sublinhou Jorge Maurício.
E esta valorização, segundo a mesma fonte, deve ser pela via do salário, das relações, do cumprimento da legislação laboral e pela via do cuidado e do tratamento que se deve ter sempre entre a entidade empresarial, a entidade patronal e os trabalhadores.
Quanto às consequências da “exportação” destes profissionais, o presidente da CCB assegurou que a nível global é difícil contabilizar, mas através dos associados têm conseguido perceber algum “impacto negativo” relacionado com a substituição.
Daí, asseverou, ser preciso trabalhar internamente a questão de formação para manter a qualidade.
“Temos que começar internamente a trabalhar e a sermos competitivos”, lançou.