​Taxa de Desemprego diminui para 10,3% em 2023

PorEdisângela Tavares,10 mai 2024 11:56

Os resultados das Estatísticas do Mercado de Trabalho divulgados, hoje, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelou que a taxa de desemprego diminuiu para 10,3% em 2023, representando uma queda de 0,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Segundo o INE, no que diz respeito ao emprego, os resultados do INE revelaram que a população empregada totalizou 190.461 indivíduos, mantendo uma taxa de emprego em 51,8%. O sector terciário continua sendo o principal empregador do país, absorvendo 68,8% da mão-de-obra, seguido pelo sector secundário com 23,1%.

Os resultados informaram que homens compreenderam 57,0% da força de trabalho empregada, totalizando 108.575, enquanto as mulheres representaram 43,0%, totalizando 81.885. A taxa de emprego permaneceu mais alta entre os homens, atingindo 59,1%, em comparação com 44,6% entre as mulheres.

As faixas etárias de 25-34 anos e 35-64 anos tiveram as taxas mais altas de emprego/ocupação, registando 64,9% e 64,8%, respectivamente. No entanto, entre os jovens de 15 a 24 anos, a taxa de emprego/ocupação foi significativamente menor, alcançando apenas 25,6%. Sal e Boa Vista foram atribuídos como as ilhas com as maiores taxas de emprego/ocupação, com 65,1% e 64,6%, respectivamente, seguidas pelos concelhos da Praia (55,3%) e São Vicente (55,1%) .

Em 2023, a estrutura dos empregos por sector de actividade permaneceu estável. O sector terciário continua sendo o principal empregador, com 130.979 empregos, representando 68,8% do total. O sector secundário registou 44.068 empregos, correspondendo a 23,1%, enquanto o sector primário acolheu 15.415 empregos, representando 8,1%.

O ramo “comércio, reparações de automóveis e motociclos” domina a actividade económica, com cerca de 16,6% dos trabalhadores neste sector. Em seguida, o sector de construção representou 12,0%, seguido pela administração pública, com 9,9%, e o sector de alojamento e restauração, com 9,7%.

O sector empresarial privado continua a ser o maior empregador, absorvendo 47,2% dos trabalhadores com 15 anos ou mais, aplicado por trabalhadores por conta própria, com 19,9%, e Administração Pública, com 17,4%. O INE revelou que 92.795 trabalhadores trabalhavam na informalidade, representando 48,7% do total. A maioria desses trabalhadores era por conta de outrem (58,1%) ou por conta própria (34,2%). Por sexo, 58,7% dos homens e 41,3% das mulheres trabalhavam na economia informal.

Em 2023, a população subempregada foi estimada em 22.422 e a taxa de subemprego em 11,8%. A taxa de subemprego diminuiu 0,4 p.p. em relação ao ano 2022 (12,2%), a nível nacional. Por meio de residência, o meio rural apresentou a maior taxa de subemprego, 16,7%, contra 10,7% no meio urbano. Entre as mulheres, a taxa de subemprego foi de 13,9% e entre os homens de 10,1%.

Apesar da redução na taxa de desemprego, aproximadamente 21.853 indivíduos ainda estavam desempregados em 2023. As maiores taxas de desemprego foram registadas nos concelhos de São Lourenço dos Órgãos, Santa Catarina e São Domingos, 17,7%, 17,5% e 17,2%, respectivamente, enquanto as menores taxas foram observadas nos concelhos da Brava com 2,0%, Boa Vista com 2,2% e Sal com 3,1%.

O INE informou ainda que o IMC 2023 revelou que 46.149 jovens, entre 15 e 35 anos, estavam desempregados e fora do sistema de ensino ou formação, o que representava 26,4% do total de jovens nessa faixa etária. Entre os jovens de 15 a 24 anos, a proporção de desempregados e fora do sistema educacional ou de formação foi de 25,7%, totalizando 21.251 jovens.

Quando analisado por sexo, observa-se que esse indicador teve maior incidência entre as mulheres na faixa etária de 15 a 35 anos, com 29,5%, enquanto entre os homens na faixa etária de 15 a 24 anos, a incidência foi de 26 ,0%.

Além disso, a subutilização da mão-de-obra também diminuiu em 2023, abrangendo 84.842 indivíduos, com uma taxa correspondente de 33,6%. Esses dados indicam uma melhoria na utilização dos recursos humanos disponíveis, mas também destacam a persistência dos desafios no mercado de trabalho cabo-verdiano.

O INE acrescenta que a população activa de Cabo Verde foi estimada em 212.313 indivíduos, uma diminuição de cerca de 1.701 pessoas em comparação com o ano anterior. Esta tendência de declínio na população activa foi acompanhada por uma queda na taxa de actividade, que caiu para 57,8%, uma redução de 0,4% em relação a 2022.

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Autoria:Edisângela Tavares,10 mai 2024 11:56

Editado porSara Almeida  em  24 mai 2024 9:46

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