O evento, que contou com cerca de 300 participantes de várias latitudes, para além de personalidades como os ministros do Turismo de Angola e de Portugal e representantes da agência congénere do Senegal, revelou uma mudança de paradigma no investimento turístico, com uma forte aposta no turismo residencial e no sector da saúde para várias ilhas.
Conforme o vice-primeiro ministro e ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, há também novidades em termos da captação de investimentos, e o mesmo no que toca ao ecossistema de financiamento.
“Cerca de 1 bilhão de euros, cerca de 300 participantes, centenas de encontros e depois vimos aqui todo o ecossistema financeiro nacional e internacional disponível para financiar bons projectos cabo-verdianos, mas também de estrangeiros que procuram Cabo Verde para investir”, sublinhou.
Para o ministro das Finanças o Fundo Solidário Africano vai injectar cerca de 45 milhões de euros na Pró Garante, como accionista, “para ter mais recursos no ecossistema e poder apoiarmos os microempresários, pequenos e médios empresários cabo-verdianos em termos de novos projectos de investimentos”.
Olavo Correia destacou os jovens e mulheres que apresentaram projectos cabo-verdianos, e que “demonstraram aquilo que estão a fazer a partir do país para o mundo inteiro”.
“Portanto, foi um fórum que permitiu-nos ganhar energia para fazermos aquilo que Cabo Verde precisa, ou seja, escala, velocidade, impacto nos projectos estruturantes transformativos, para que possamos criar oportunidades de emprego e treinamento para os jovens”, continuou.
A mesma fonte frisou que deixou uma mensagem para que toda a equipa que trabalha no Governo “seja um facilitador, não crie complicações, evite burocracias desnecessárias e ajudar para que os empresários possam ganhar em termos de ambição,” e possam fazer mais e melhor para Cabo Verde.
“A nossa obrigação enquanto governantes e enquanto gestores públicos é tudo fazer para que possamos fazer mais, fazer melhor e fazer mais rápido para esta nação que é Cabo Verde”, sustentou.
O vice-primeiro-ministro concluiu afirmando que Cabo Verde tem de ser uma economia diversificada, capaz de criar oportunidades nos mais diversos domínios e de ser também uma economia resiliente aos choques internos e externos.
Para o presidente do Conselho de Administração da Cabo Verde Tradeinvest, José Almada Dias, em termos de volume de investimentos, o fórum termina com novos projectos assinados, avaliados em mais de mil milhões de euros.
“Há aqui ganhos, apesar de termos encurtado o fórum, desta vez foi um dia e meio, mas conseguimos ter um número maior, mais de 30% de reuniões agendadas na plataforma”, frisou.
Segundo a organização, o “CV Investment Fórum” já é uma marca consolidada, e agora o desafio consiste na Internacionalização do evento, estando programados para ainda este ano outros fóruns na diáspora, concretamente em Boston a 02 de Julho, São Paulo, Brasil em meados de Setembro e em Lisboa no mês de Outubro.
No próximo ano, o evento irá expandir-se para o continente africano, começando por Angola e Senegal.