“O terminal fornecerá capacidade para o transbordo regional de cereais e hidrocarbonetos e, no futuro, produtos de hidrogénio”, afirmou José Pérez, director da Copisa em Cabo Verde, citado num comunicado da consultora, baseado nas projecções de procura.
O estudo fornece “uma base para avaliar a viabilidade de um novo terminal na ilha de Santiago – em Porto Fundo, perto de Pedra Badejo – e define o rumo para o planeamento de investimentos futuros”, detalhou a Hamburg Port Consulting (HPC), consultora global.
A firma diz que a localização é “estratégica”, capaz de servir “a principal região agrícola do país” e “metade da população”, considerando o cenário competitivo e o leque de carga proposto – permitindo fortalecer cadeias de abastecimento locais e reduzir custos de importação.
“O estudo pretende servir como um caso de negócio para atrair financiamento de várias fontes, incluindo instituições financeiras multilaterais e de desenvolvimento”, e a Copisa “pretende construir o terminal e garantir financiamento em colaboração com a Africom, uma empresa de investimento da Mauritânia”, acrescentou a HPC.
Um terminal como o previsto no estudo tornaria as ilhas “num importante centro marítimo na costa da África Ocidental”, disse Martin Schramm, gestor de projectos da consultora alemã.
Ainda segundo o comunicado, representantes da HPC, Copisa e Africom já apresentaram a pesquisa a representantes cabo-verdianos, no início de Abril, e acreditam que será possível estabelecer uma parceria público-privada para desenvolver o projecto.
“Como primeiro passo, Copisa, Africom e o município de Santa Cruz assinaram os documentos iniciais, formalizando a sua colaboração”, cabendo à HPC “continuar a apoiar o avanço do projecto”, concluiu a consultora.