A metodologia adoptada pelo banco central para identificar os Bancos Domésticos de Importância Sistémica (D-SIBs) assenta numa pontuação média composta por quatro indicadores com pesos distintos, a dimensão (35%), a interconectividade (20%), a substituibilidade (35%) e a sentimento doméstico (10%).
Segundo as regras definidas no referido aviso, os bancos são classificados de acordo com a pontuação, se for superior a 200 pontos a classificação é de elevada importância sistémica. Entre 150 e 200 pontos a classificação é de moderada importância sistémica. Entre 95 e 150 pontos a classificação é de ligeira importância sistémica. Abaixo dos 95 pontos a classificação é de sem importância sistémica.
Com base nesta avaliação, a Caixa Económica de Cabo Verde (CECV) e o Banco Comercial do Atlântico (BCA) continuam a ser considerados bancos de elevada importância sistémica, por excederem os 200 pontos.
Já o Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN) e o Banco Interatlântico (BI) foram classificados como bancos de ligeira importância sistémica, por registarem pontuações compreendidas entre os 95 e os 150 pontos.
Destaque ainda para o Banco BAI Cabo Verde (BAI CV), que figura pela primeira vez na lista desde a classificação inaugural em 2024. O banco obteve uma pontuação de 98 pontos e, por isso, poderá vir a ser confirmado como banco de ligeira importância sistémica, caso mantenha, durante dois anos consecutivos, uma pontuação média dentro do intervalo entre 95 e 150 pontos, condição necessária para reclassificação para um patamar superior.
Em cumprimento ao disposto pelo Artigo 12, do Capítulo II do Aviso n.º 2/2023, de 28 de Dezembro, sobre os Bancos Domésticos de Importância Sistémica (Domestic Systemically Important Banks, sigla D-SIBs), o Banco de Cabo Verde procedeu à classificação em 2025 das instituições de crédito classificadas como D-SIBs, com base nos dados reportados a 31 de Dezembro de 2024.