Esses dados foram avançados esta terça-feira pela directora-geral da Economia Aérea, Zilca Paiva, durante workshop de apresentação do impacto do subsídio directo de 40 por cento (%) nos bilhetes aéreos para as ilhas do Maio e de São Nicolau, de Outubro de 2024 até Março de 2025.
Dirigido a agentes de turismo, operadores aéreos, empreendimentos turísticos, empresários locais, representantes da sociedade civil e comunidades das ilhas beneficiadas, o evento teve como objectivo analisar os efeitos da medida sobre a mobilidade dos cidadãos, dinamização do turismo, incentivo ao comércio e fortalecimento da economia local.
Apontando que os transportes nessa legislatura foram considerados estratégicos, tendo em consideração a insularidade de Cabo Verde, a mesma fonte disse que, por isso, os incentivos constituem estímulo à mobilidade e à conectividade.
“Os resultados apresentados hoje são frutos da medida do Governo que deu provas da sua eficácia nos seis primeiros meses da sua implementação”, sublinhou, realçando que o Ministério do Turismo e Transportes, através do Fundo de Sustentabilidade Social do Turismo, já disponibilizou um subsídio no montante de mais de 20 mil contos, que traduz em mais de 9 mil passageiros até Março de 2025.
“O volume crescente de passageiros subsidiados valida a necessidade real da intervenção da política pública. O crescimento constante nos seis primeiros meses revela ainda a expansão gradual da implementação e o aumento da movimentação dos passageiros”, indicou.
Analisou, desta feita, que o seu pico no mês de Março reflecte a consolidação da operação e a comunicação da medida junto à população, que é o maior beneficiário deste incentivo, esperando em breve poder também apresentar os impactos da ilha Brava.
Fazendo uma análise dos preços das passagens aéreas para voos directos, antes e após aplicação do subsídio de 40%, Zilda Paiva enfatizou que a implementação deste subsídio tem como propósito estimular a conectividade e coesão territorial entre as ilhas, diminuir as assimetrias regionais, especialmente entre as ilhas do Maio, São Nicolau e Brava.
Promover a mobilidade inter-ilhas, reduzir os custos de insularidade, estimular a procura pelos serviços de transporte aéreo, fortalecer a economia local, fomentar o turismo e o comércio inter-ilhas, assegurar a continuidade da conectividade e contribuir para o desenvolvimento sustentável e inclusivo de Cabo Verde, são outros objectivos da iniciativa.
Zilda Paiva concluiu, reiterando que a medida se revela “positiva e eficaz” respondendo aos objectivos de inclusão territorial.