Segundo o INE, no primeiro trimestre de 2025, o número de dormidas totalizaram 1.657.403, o que representa um aumento absoluto de 255.429 dormidas em relação ao mesmo período de 2019 (+18,2%) e de 133.618 dormidas, face ao primeiro trimestre de 2024 (+8,8%).
“Esta evolução positiva indica não só uma maior chegada de turistas, como também uma maior duração média da estadia no destino”, refere o INE.
No primeiro trimestre de 2025, conforme a mesma fonte, a distribuição dos hóspedes e dormidas por tipo de estabelecimento evidencia uma forte concentração da procura nos segmentos hoteleiros mais estruturados, com destaque para os hotéis, que absorveram 79,6% do total de hóspedes e representaram 84,6% das dormidas.
“Os hotéis-apartamentos foram a segunda categoria mais procurada, representando
12,3% dos hóspedes e 11,8% das dormidas”, indica.
Em contrapartida apontou que os tipos de alojamento de menor dimensão, como residenciais (4,4% dos hóspedes; 1,7% das dormidas), pensões (2,4%; 1,0%) e pousadas (1,0%; 0,7%), registaram uma participação relativamente reduzida no total da procura.
“Já os aldeamentos turísticos e o alojamento complementar apresentaram valores residuais, ambos com menos de 0,3% dos hóspedes e das dormidas, o que evidencia uma expressão pouco significativa no contexto global da oferta utilizada no período em análise”, frisa.
O INE destaca que a Ilha do Sal continua a ter maior acolhimento, com 56,9% do total das entradas, seguida da Ilha da Boa Vista, com 21,6%, Santiago, com 8,1%, São Vicente, com 6,3%, e Santo Antão, com 5,0%. As restantes ilhas tiveram um peso de 2,2% das entradas.
Em relação às dormidas, o INE mostrou que a ilha do Sal manteve-se no primeiro lugar, com 57,7%, seguido da Boa Vista, com 32,7%, Santiago, com 3,8%, São Vicente, com 2,9%, e Santo Antão, com 1,9%.
“As restantes ilhas tiveram um peso de 1,0% das dormidas. Por país de residência habitual dos hóspedes, os residentes em Cabo Verde representaram
apenas 5,3% do total dos hóspedes e 2,6% das dormidas”, sublinha.
No total, os estabelecimentos de alojamento turístico em Cabo Verde registaram, no primeiro trimestre de 2025, 17.356 hóspedes residentes no país, que originaram 42 769 dormidas.
Conforme o INE, a distribuição destes hóspedes revela uma predominância de cabo-verdianos (12.323 hóspedes; 71%), face aos estrangeiros residentes (5 033; 29%), sendo esta tendência igualmente refletida nas dormidas (31.213 cabo-verdianos vs. 11 556 estrangeiros).
O INE revelou que os hóspedes estrangeiros representaram 94,7% do total de hóspedes (307.779), e foram responsáveis por 97,4% das dormidas registadas (1.614.634 dormidas). “Estes valores confirmam que a procura turística em Cabo Verde continua a ser predominantemente internacional”.
Entre os mercados emissores estrangeiros, destacou que o Reino Unido contribuiu com 82.853 hóspedes (26,9% do total de estrangeiros) e 481.248 dormidas (29,8%), ocupando a primeira posição destacada tanto em número de chegadas como em dormidas.
“Seguem-se, em termos de importância relactiva, a França (12,8% dos hóspedes estrangeiros e 10,3% das dormidas), a Alemanha (11,1% e 10,9%), a Bélgica e Holanda (10,1% e 10,6%), Portugal (7,5% e 6,8%) e a Suécia (7,3% e 8,8%)”, revela.
Para o INE, estes seis mercados representam, em conjunto, cerca de 76% das dormidas de estrangeiros. “Outros mercados com expressão significativa incluem a Itália,
República Checa, Polónia, Espanha, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Suíça, cujas quotas variam entre 1,0% e 4,7% das dormidas de estrangeiros”.
Em relação à estadia média global indicou que nos estabelecimentos de alojamento turístico em Cabo Verde foi de 5,0 noites por hóspede no período em análise. “No entanto, verifica-se uma diferença significativa entre os residentes em Cabo Verde e os estrangeiros”.
Quanto aos hóspedes residentes em Cabo Verde apontou que registaram uma estadia média de 2,4 noites, ao passo que os estrangeiros permaneceram, em média, 5,2 noites, mais do que o dobro do tempo.
Segundo os dados do INE, durante o primeiro trimestre de 2025, a taxa média de ocupação-cama nos estabelecimentos hoteleiros situou-se em 66%, representando um acréscimo de 4,0 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024, quando se fixou em 62%.