"Nos últimos anos aumentámos a participação dos jovens nestes programas. A nossa meta era 8% até 2026 e já ultrapassámos, chegando a cerca de 9,53%", afirmou.
O responsável falava num fórum sobre o fortalecimento dos centros de excelência em formação profissional, no âmbito dos 31 anos do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), celebrados na sexta-feira.
O Governo, disse, tem investido na criação de centros de excelência, como o Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI) e a Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV), e na modernização da oferta formativa, com parcerias com o setor privado e ensino à distância, adaptando a formação às necessidades de um país arquipelágico.
"O objectivo é formar jovens qualificados capazes de aumentar a produtividade e competitividade das empresas, aproveitando o bónus demográfico e promovendo a inclusão de mulheres e grupos mais vulneráveis no mercado de trabalho", referiu.
O plano nacional de competências identifica as necessidades de mão-de-obra até 2030, enquanto o catálogo nacional de qualificações já atualizou 22 formações e prevê criar mais 30 até ao final do ano.
A estratégia inclui a expansão e descentralização dos centros de formação, garantindo governança, qualidade e acesso inclusivo, com serviços de reconhecimento, validação e certificação de competências, orientação e intermediação laboral para os jovens.
Danilson Borges recordou que o regime de financiamento da formação profissional, aprovado em 2021, assegura acesso a jovens com contributos do Estado, empresas e parceiros internacionais, incluindo o Banco Mundial e a Cooperação Luxemburguesa.
Com estes investimentos, Cabo Verde "pretende ser, até 2030, um polo regional de referência em qualificação profissional, atraindo jovens de outros países" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e "reforçando o papel dos centros de excelência no desenvolvimento económico e social do país".