Salário mínimo na função pública permanece nos 19 mil escudos até 2027

PorAnilza Rocha,26 set 2025 16:08

​O salário mínimo na função pública permanecerá nos 19 mil escudos até 2027, com previsão de aumento para 21 mil escudos. No entanto, conforme o secretário do Estado das Finanças, durante a reunião de concertação social saiu o compromisso do aumento do salário mínimo na administração pública para 25 mil escudos.

Alcindo Mota ressaltou que, esse aumento carecerá da avaliação por parte das entidades patronais, mas também dos sindicatos.

Avançou, assim, que o Orçamento do Estado para 2026 tem um valor de 95,7 milhões de contos, financiado em cerca de 90% pelo tesouro.

“Devemos também dizer que este orçamento foi elaborado numa perspectiva de estabilidade macroeconómica. Perspetivamos que em 2026 o PIB real cresça em torno de 6%, a taxa de desemprego contamos que estabilizar-se-á em torno de 7,3%, a inflação conhecerá um decréscimo  situado  em 1,6%, o déficit público de 0,9%”, indicou.

O orçamento de estado para 2026, referiu, continuará a ter um peso forte das despesas com o pessoal, situando em 32,9 milhões de contos, um incremento de 13% face a 2025 e um  valor absoluto de 3,7 milhões de contos. Perspectivam, ainda, a redução do imposto sobre rendimentos de pessoas colectivas de 21% para 20%.

Alcindo Mota frisou ainda que o Governo vai prosseguir com os planos de investimento no sector da água, reforçando também as iniciativas destinadas a acelerar o processo de transição energética.

Paralelamente, está prevista a continuidade dos investimentos no desenvolvimento do capital humano, bem como na implementação da política nacional de habitação e noutras áreas estratégicas.

No que respeita aos pensionistas, garantiu que continuarão a merecer toda a atenção do executivo, sublinhando o reconhecimento pela contribuição prestada ao longo dos anos para o desenvolvimento do país.

Por seu turno, a Secretária-Geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, lamentou a falta de resposta do Governo ao pedido apresentado durante a reunião, que visava um aumento das pensões para reformados e pensionistas.

Segundo afirmou à imprensa, esta camada da população enfrenta dificuldades semelhantes às dos trabalhadores no activo, mas continua a ser esquecida nas decisões governamentais.

A sindicalista alertou ainda para a necessidade de equilíbrio entre o salário mínimo praticado no sector público e no privado.

Defendeu que a função pública não pode ficar abaixo do novo patamar previsto para o sector privado, sob pena de se gerar uma fuga de trabalhadores da administração pública para empresas privadas.

Durante a concertação, Joaquina Almeida chamou igualmente a atenção para a resolução de situações pendentes que afectam diversos trabalhadores há vários anos. Entre os casos destacados estão os funcionários das conservatórias e registos notariais, bem como os profissionais da rádio e televisão públicas.

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Autoria:Anilza Rocha,26 set 2025 16:08

Editado porAnilza Rocha  em  27 set 2025 17:20

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