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Em declarações à imprensa na decorrência de um encontro com operadores turísticos locais, com o objectivo de analisar a época alta do turismo e os desafios do sector na ilha, a mesma fonte referiu que o terminal tem sido “um exemplo concreto” de como aumentar o fluxo de visitantes.
Mas também, continuou, um exemplo de como criar alternativas ao turismo baseado em sol e praia e na cultura, mas também na conectividade.
Ademais, avançou que o aumento dos voos de baixo custo para São Vicente, realizados pelas companhias Easyjet e Transavia, tem impulsionado a economia local, trazendo um novo perfil de turistas, novos desafios e o crescimento de “uma grande dinâmica”.
“Temos sempre que aprender com os países e outros destinos que passaram pelo mesmo processo, mas também fazer as nossas próprias concretizações e impulsionar cada vez mais a economia local”, considerou.
Sobre o encontro com os operadores turísticos, Hamilton Jair Fernandes explicou que o propósito foi auscultar os parceiros, ver as acções a serem desenvolvidas em conjunto, para que possam estar devidamente preparados para a nova época alta, que se pretende com o aumento considerável do turismo nas ilhas.
“São Vicente, há bem pouco tempo, padeceu de uma situação de catástrofe natural que ninguém estava à espera. Pelo que é preciso ouvir e redimensionar os nossos planos e actuações sempre em função desses desafios e dos outros que acabam por ser desafios transversais de todo o sector do turismo”, argumentou.
Entre os desafios, avançou, estão a questão da segurança urbana e a segurança alimentar, que são transversais a nível nacional, os problemas das crianças de e na rua, que afectam directa e indirectamente o sector do turismo, o saneamento e o tratamento dos resíduos e a própria organização urbana.
Segundo o presidente do ITCV é preciso “um trabalho articulado com todos os intervenientes”, tendo em conta que São Vicente é “uma ilha geminada com a ilha de Santo Antão”, que tem um perfil diferente, com mercados emissores diferenciados.
Questionado sobre as respostas do Instituto do Turismo face aos danos que os operadores sofreram com a tempestade Erin, Hamilton Jair Fernandes disse que a equipa local fez um trabalho de terreno, entrando em contacto directo com todos os operadores da região norte.
“Foi um trabalho muito bem conseguido, com uma resposta positiva dos operadores, que considero uma medida de grande alcance, pela solidariedade e aproximação institucional”, referiu a mesma fonte.
Isto porque, continuou, a equipa foi para o terreno junto com a câmara, Protecção Civil, operadores e intervenientes do sector e fez o levantamento e um relatório.
Conforme a mesma fonte, além dos danos, o referido relatório contém linhas orientadoras para as futuras actuações, não só a nível do planeamento territorial, mas também no trabalho de reerguer as acções do sector privado
