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O reeleito presidente da Câmara de Comércio de Sotavento (CCS), Marcos Rodrigues, comprometeu-se esta sexta-feira a implementar um novo modelo de parceria que aproxime mais a agremiação do Governo e de organizações nacionais e internacionais.
Em declarações à imprensa, após a reeleição, Marcos Rodrigues disse que a CCS pretende ver o executivo mais engajado na aproximação ao sector privado, reconhecendo “definitivamente” a relevância destas instituições na reforma do sistema económico cabo-verdiano.
O dirigente defendeu que as câmaras de comércio são hoje entidades com responsabilidade acrescida e cuja intervenção estratégica deve ser melhor integrada nas políticas públicas.
No balanço do mandato anterior, Marcos Rodrigues evidenciou o percurso de quatro anos marcado por “grande” exigência, durante o qual a CCS fortaleceu relações com sindicatos, participou activamente no debate sobre o aumento do salário mínimo e promoveu uma reflexão profunda sobre a importância de salários dignos para o desenvolvimento económico.
Para o presidente reeleito, pagar melhores salários contribui para a competitividade das empresas e para um ambiente laboral mais estável, motivo pelo qual a instituição pretende continuar a manter boas relações com as organizações sindicais.
Entre as preocupações estratégicas, a mesma fonte identificou igualmente o impacto do investimento estrangeiro na microeconomia cabo-verdiana.
Embora considere fundamental atrair capital externo para grandes projectos, alerta para a crescente presença de investidores estrangeiros em segmentos de pequena escala, tradicionalmente ocupados por nacionais.
Para o líder reeleito, este será um debate prioritário após o acto eleitoral, para garantir melhores condições competitivas aos empresários cabo-verdianos.
Marcos Rodrigues concorreu à própria sucessão na liderança da Câmara de Comércio de Sotavento como o único candidato.
