Hoje é dia de Expresso das Ilhas. Destaques da edição 789

PorAntónio Monteiro,11 jan 2017 7:02

A edição 789 do Expresso das Ilhas faz manchete com a Indústria em São Vicente: Testemunhos (e reivindicações) de um sector esquecido. Falar de indústria em Cabo Verde continua a ser um exercício raro. O país não é conhecido pelo seu sector industrial, apesar de existirem casos de sucesso, projectos que contrariaram as probabilidades. Nesta reportagem, reunimos histórias de industriais da ilha de São Vicente. Narrativas de gente que trabalha diariamente em áreas que, por vezes, passam ao lado do grande-público e, quase sempre, à margem das prioridades dos sucessivos governos.

 

Ainda neste número, o falecimento de Mário Soares. Sofisticado, cosmopolita, democrata, europeísta convicto. Sempre se definiu como “homem de esquerda”, ou, mais detalhadamente, “republicano, laico e socialista”. Esteve em todo o lado e conheceu toda a gente. Foi fotografado de todos os ângulos e em todas as situações possíveis – fosse dentro de um jacto da Força Aérea Portuguesa, fosse embarcado num bote de pescadores da ilha do Corvo, fosse a olhar de lado para Cavaco Silva, fosse a mostrar a língua para a câmara. Foi figura central da luta contra os radicais de esquerda, da descolonização, da entrada de Portugal na CEE e criou uma nova forma de fazer política. Mais do que pai da democracia – título que não gostava particularmente – está na génese do Portugal moderno.

A entrevista a Armindo Ferreira, sobre o 13 de Janeiro de 1991é outro dos destaques: O dia que “pôs termo a cinco séculos de regimes repressivos e opressivos“. Independência e liberdade. Há datas que “não devem ser hierarquizadas” e devem estar interligadas. Considerando que a Independência de Cabo Verde se tratou de um processo de passagem de poder, Armindo Ferreira, defende que o 13 de Janeiro - dia em que se celebram as primeiras eleições multipartidárias em Cabo Verde -  deve ser visto como o verdadeiro momento que pôs fim a cinco séculos de regimes opressivos. O antigo ministro do MpD – que nunca foi militante - recorda aqui, em conversa com o Expresso das ilhas, as conquistas que esse simbólico dia trouxe, mas fala também dos desafios do presente enquanto exorta os partidos a fazer, efectivamente, política e oposição. Quanto ao rosto da democracia nacional, não há um, há milhares: “O povo cabo-verdiano é que trouxe a liberdade”, sublinha.

Interdição aos sacos de plástico já vigora e coimas são pesadas. O governo fez o balanço da primeira semana da entrada em vigor da interdição plena da produção, importação, comercialização e utilização de sacos de plástico convencionais. Não obstante a contabilidade positiva, há ainda dúvidas a esclarecer e desafios a vencer.

Na cultura: Mayra Andrade, a navegar entre o tradicional e a pop. Vinha cansada das viagens inter-ilhas, dos vários dias de espectáculos, e do convívio do dia anterior com familiares e amigos. Mas ao longo da conversa [em véspera de Natal] foi ganhando vigor ao falar da sua música, das suas escolhas enquanto artista e mulher, e das coisas em que acredita. Um novo disco para este ano, uma artista apostada em evoluir, uma defensora da tolerância. Assim é Mayra Andrade a um mês de completar 32 anos.

No interior, a opinião de José Almada Dias, que continua a analisar o sector do turismo; e de Luís Graça de Morais, As denúncias feitas na teimosa ressaca eleitoral; Humberto Cardoso traz mais um emcima, com a análise à actualidade nacional e internacional; e Adriana Carvalho inicia a sua coluna mensal: [re]cortes no tempo.

 

 

 

 

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Autoria:António Monteiro,11 jan 2017 7:02

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  11 jan 2017 22:13

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