Artigos de António Monteiro no nosso arquivo
“O saudoso Presidente Mascarenhas Monteiro terá sempre, segura, indiscutivelmente e por mérito próprio, um lugar cativo, na galeria das grandes figuras históricas de Cabo Verde”
O primeiro Presidente da II República completaria na próxima sexta-feira, 16 de Fevereiro, 80 anos de idade. Esta efeméride deu o mote à entrevista com Amílcar Spencer Lopes que foi o Presidente da Assembleia Nacional que conferiu posse ao antigo Presidente da República. Spencer Lopes recorda o estadista como um democrata convicto e coerente e um exemplo de rigor, exigência, visão de longo prazo e solidariedade social e institucional. “Ele era um homem de grandes qualidades: era inteligente, ponderado, discreto e, de mais a mais, uma pessoa bem formada e culta. Tinha, por isso, uma grande autoridade moral”, acentua Amílcar Spencer Lopes.
Livro sobre pesca artesanal em Cabo Verde da autoria de João José Semedo Lopes é apresentado esta quinta-feira na Praia
É lançada esta quinta-feira, 8, na Praia, a obra A Pesca Artesanal em Cabo Verde: o caso do litoral da Praia e a sua relação com o turismo da autoria do sociólogo João José Semedo Lopes. A apresentação estará a cargo de Jacinto Santos.
Uni-CV acolhe I Colóquio Internacional “Novos Rumos para a Filosofia da Educação”
Sob o lema “O Professor como intérprete e incitador de caminhos”, decorre hoje (19) no Polo III da Universidade de Cabo Verde, na Cidade de Assomada, o I Colóquio Internacional “Novos Rumos para a Filosofia da Educação”.
“O 13 de Janeiro foi um movimento social, não foi sequer um movimento partidário”
Fez parte do grupo dos dirigentes do MpD que negociou a transição com o PAICV, participou na elaboração do programa político do Movimento para a Democracia e nas reformas constitucionais, económicas e financeiras do governo MpD saído das primeiras eleições democráticas em Cabo Verde.
O exercício das funções presidenciais em colisão com a Constituição causa tensão política
Baseado na técnica da sociologia politica, o ex-presidente da Câmara Municipal da Praia lança um olhar sobre os principais temas que marcaram o ano político no país e perspectiva os seus desenvolvimentos em 2024: o “caso” do salário da Primeira-Dama; as eleições autárquicas deste ano tendo como pano de fundo as crises nas câmaras da Praia e de S. Vicente e a tensão no relacionamento entre o Presidente da República e o Governo em que Jacinto Santos considera que o Presidente está a trabalhar com uma Constituição na cabeça que não corresponde ao que está estabelecido na Constituição de 1992, defendendo a introdução do princípio do impeachment quando o Presidente entra em confronto directo com a Constituição.
Simão Rodrigues, o jornalista que se apaixonou pelo fascínio das objectivas
Esteve patente nos Paços do Concelho da Câmara Municipal da Praia, de 1 a 8 de Dezembro, a primeira exposição de fotografias do jornalista Simão Rodrigues realizada em parceria com o seu irmão, Luís Rodrigues, que expôs em paralelo uma colecção de discos vinil antigos. Em entrevista ao Expresso das Ilhas Simão Rodrigues fala dos seus 35 anos de carreira, dos jornais em que já trabalhou e obviamente da génese das 45 fotografias que retratam o quotidiano das nossas ilhas.
Sociedade Cabo-verdiana de Música eleita membro do Comité Executivo do Comité Africano da CISAC
A SCM (Sociedade Cabo-verdiana de Música) já é membro do Comité Executivo do Comité Africano da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (CISAC). A eleição realizou-se na reunião inaugural da Constituição do Comité Executivo do Comité Africano da CISAC que aconteceu, no dia 27 de Novembro, na capital de Marrocos, Rabat.
“Escritos Ucranianos” de Jorge Carlos Fonseca lançado hoje na Praia
“Escritos Ucranianos”, a mais recente obra do poeta e ex-Presidente da República é lançada esta quarta-feira, na Biblioteca Nacional. A apresentação estará a cargo de Hermano Lopes da Silva e de Manuel Varela Neves. O livro de 220 páginas já foi apresentado no Sal, no mês de Junho, no âmbito do “Festival de Literatura Mundo” pelo escritor e jornalista Joaquim Arena e depois em Lisboa pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e por José Eduardo Cunha, crítico literário e poeta cabo-verdiano. Depois da Praia, o autor manifestou o interesse em apresentar o seu livro em outras ilhas de Cabo Verde.
“Já dei a minha parte e vou continuar a dar enquanto Deus me der a capacidade de criar”
A 31ª edição do Festival de Santa Maria, no Sal, que se realiza de 15 a 16 de Setembro, vai homenagear o conjunto Bulimundo e Nhelas Spencer. Nesta entrevista, Nhelas Spencer, autor dos clássicos “Nha Terra Escalabrode” e “Torrão di Meu” e com temas gravados por grandes intérpretes da música cabo-verdiana fala do seu percurso na cena musical, reflecte sobre o significado das homenagens e anuncia a sua intenção de se candidatar à presidência da Sociedade Cabo-Verdiana de Autores, cuja Assembleia Geral realiza-se no próximo mês de Outubro. Quanto à gravação do seu disco a solo várias vezes anunciada, mas sempre adiada, o compositor diz que vai seguir o exemplo da filha Zubikilla Spencer que lançou recentemente um disco com seus próprios meios. “Embora já tenha duas instituições que me deram uma ajudazinha que está lá, estou à espera agora que as outras instituições que prometeram, mas que não deram ainda”, lamenta.
“Rufino Maurício, o enfermeiro dos mil ofícios” é nova obra de César Monteiro
César Monteiro é um sociólogo eclético, tendo passado sucessivamente da área da sua especialidade, a sociologia das migrações, para a música, a diplomacia e, mais recentemente para a saúde, cujo livro “Rufino Maurício, o enfermeiro dos mil ofícios” será lançado esta sexta-feira, 25, na Cidade da Ribeira Grande, Santo Antão, com apresentação a cargo do médico António Pedro Delgado.
Humbertona, da subtileza à elegância do violão
Faleceu no passado dia 10 de Agosto, em São Vicente, Humberto Bettencourt Santos, Humbertona, tido como um dos maiores solistas cabo-verdianos de todos os tempos. Em forma de homenagem ao ilustre desaparecido o Expresso das Ilhas recolheu depoimentos de várias personalidades ligadas à música sobre a dimensão do legado deixado pelo grande homem do violão.
Vem aí 2ª Edição da Festa do Queijo de Monte Grande
Na mesma linha da primeira edição, o objectivo da segunda edição desta Festa do Queijo é reunir a comunidade de Monte Grande, uma localidade a meio caminho entre São Filipe e Chã das Caldeiras, em torno do seu desenvolvimento a partir do queijo, transformar e valorizar este produto e seus derivados e aumentar a qualidade de vida dos criadores e produtores da região.
Revista sociojurídica da Universidade do Mindelo é apresentada esta quinta-feira na Praia
Trata-se de uma revista eclética, embora de carácter marcadamente jurídico. Os artigos da autoria de docentes e pesquisadores de Portugal, Angola, Moçambique, Cuba e Cabo Verde, exploram temas dos domínios político, educativo, desportivo, ambiental, género e sociológico. A apresentação, esta quinta-feira, na Praia, da revista “Direito, Política & Sociedade, estará a cargo de José Graça e de Simão Santos.
A matriz daquilo que hoje somos como instituição e como sociedade deve-se à década de 90
Foi apresentado esta terça-feira, na Praia, o livro “Poder e Oposição em Cabo Verde” da autoria de Carlos Veiga. A obra é uma selecção de discursos, mensagens e entrevistas do antigo coordenador e primeiro presidente do MpD, abrangendo um espaço temporal de 25 anos, incluindo um dos momentos cruciais da história recente de Cabo Verde que se inicia em Fevereiro de 1990, com a abertura política, e culmina com a vitória do MpD, liderado por Carlos Veiga, com duas maiorias qualificadas nas legislativas de 1991 e 1995. Em entrevista ao Expresso das Ilhas, o autor revela que com esta obra “quis, no fundo, deixar escrito e disponível para todas as pessoas que estiverem interessadas, nomeadamente historiadores, investigadores, professores e jornalistas um período essencial da história contemporânea de Cabo Verde”.
Livro “Poder e Oposição em Cabo Verde” de Carlos Veiga apresentado na próxima terça-feira na Praia
A obra reúne discursos, mensagens e intervenções selecionados (1990-2015) do ex-Primeiro-ministro Carlos Veiga. “Poder e Oposição em Cabo Verde” será lançado na Praia, na próxima terça-feira, 13. Editado pela Livraria Pedro Cardoso, a apresentação estará a cargo de Manuela Silva e Milton Paiva.
Livro sobre judeus marroquinos de Cabo Verde lançado na Praia
Foi apresentada, sexta-feira, na Praia, a obra “Os Judeus Marroquinos de Cabo Verde – Século XIX” da autoria dos historiadores José Alberto da Silva Tavim e de Ângela Benoliel Coutinho, sob a coordenação e organização da presidente do Cape Verde Jewish Heritage Project (CVJHP), Carol Castiel.
Exercício da Cidadania que já dura sete anos
Criado em 2016, pelo engenheiro civil João Benício Cardoso, o Provedor da Praia tem dado nestes sete anos voz aos praienses através da publicação, na sua página do Facebook, de queixas e denúncias dos problemas da cidade que vão desde o mau atendimento nas diferentes instituições públicas e privadas aos trabalhos inacabados das empresas de água, electricidade e telecomunicações que dão um aspecto pouco estético à cidade.
Mircéa Delgado, Deputada da Nação: “A língua portuguesa está sujeita a um grande desgaste em Cabo Verde”
A percepção de que a língua portuguesa está a atravessar um processo de degradação contínuo motivou Mircéa Delgado a entregar em Dezembro do ano passado um Projecto de Lei que classifica a língua portuguesa como património cultural imaterial de Cabo Verde. A iniciativa legislativa vai ser debatida agora na sessão plenária que inicia esta quarta-feira. A deputada do MpD eleita pelo círculo eleitoral de São Vicente diz contar com o apoio da sua bancada parlamentar, a bancada do PAICV também já emitiu sinais de apoio e da UCID afirma que recebeu um dos primeiros apoios espontâneos ao Projecto. Entretanto, a jovem deputada deixa claro que não haverá consequências pessoais se a iniciativa não for aprovada. “Assim como não haverá consequências pessoais se for aprovada. Cabo Verde, sim, ganhará muito com a aprovação deste projecto de lei”, enfatiza.
“Não vamos perder estas directas. Se num cenário muito teórico isso acontecesse, não haveria condições políticas para continuar” - Ulisses Correia e Silva, candidato a presidente do MpD
Depois de Orlando Dias, foi a vez de Ulisses Correia e Silva formalizar, esta sexta-feira, a sua candidatura a presidente do MpD. Em entrevista ao Expresso das Ilhas, Ulisses Correia e Silva, que concorre para um quarto mandato, mostra-se tranquilo por ter que enfrentar, pela primeira vez no seu percurso, uma candidatura adversária. Continuar a fazer do MpD um partido vencedor, governar em condições de estabilidade e fazer as transformações estruturais que o país precisa são, para Ulisses Correia e Silva, as principais motivações para sua recandidatura à liderança do partido. Correia e Silva mostrou-se convicto de que vai ganhar estas directas, mas deixa claro: “num cenário muito remoto, se eventualmente isso acontecesse, o que é que isso iria provocar? Iria provocar a demissão do governo”.
“Esta disputa vai fazer com que o MpD passe a ser de novo um partido verdadeiramente democrático”
Depois de 19 anos, o MpD volta a ter eleições internas plurais com o candidato Orlando Dias a desafiar o actual presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva, na liderança do partido. Para Orlando Dias a ausência de disputas internas acabou por descaracterizar o MpD: perdeu a sua origem, os órgãos do partido perderam as suas competências, tudo ficou centralizado na pessoa do seu presidente, aponta o candidato. Para “devolver o partido aos militantes”, Dias propõe o regresso do MpD às origens, quando os militantes eram procurados, valorizados e exerciam o seu direito de voto. Entretanto, o adversário de Ulisses Correia e Silva tranquiliza as hostes do MpD, assegurando que a sua eventual vitória no dia 26 de Abril não vai criar nenhuma instabilidade governativa e institucional. “Já dissemos que Ulisses, enquanto primeiro-ministro, quando nós ganharmos as eleições para presidente do partido, ele terá todo o nosso apoio para levar o seu mandato até 2026”, garante. Orlando Dias deixa claro que não será nenhuma catástrofe pessoal se não alcançar os seus objectivos. “Vamos fazer de tudo para ganhar as eleições, mas perdendo-as continuamos Orlando na mesma. Mas estamos convencidos de que podemos ganhar estas eleições, porque há necessidade de mudança da liderança no seio do MpD”, considera.
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