Nesta edição, o Expresso das Ilhas faz manchete com a entrevista a José Luís Livramento Presidente do Conselho de Administração da Cabo Verde Telecom: Estamos a preparar uma nova CV Telecom e nada será como antes. A falta de oficialização do contrato de concessão das infra-estruturas continua a ser uma incerteza para a CV Telecom, apesar de haver já um memorando de entendimento, assinado há mais de um ano que prolonga essa concessão por mais 15 anos. Em conversa com o Expresso das Ilhas, José Luís Livramento, PCA da companhia cabo-verdiana de comunicações, não acredita que o governo queira voltar atrás no que já foi acordado.
Também neste número, a questão da segurança: PAICV quer ajudar governo, UCID defende desarmamento da população. Declaração política foi feita ontem na Assembleia Nacional. Para o PAICV, o clima de insegurança no país tem vindo a crescer e, por isso, propõe uma estratégia conjunta entre os dois maiores partidos para combater a criminalidade.
Uma entrevista inédita de António Aurélio Gonçalves, é outro dos destaques. Além de escritor maior e ensaísta, António Aurélio Gonçalves (1901-1984) era um melómano e interessava-se pela Morna. Embora António Aurélio não fosse músico e não usasse uma linguagem musical técnica, tinha a percepção do folclorista, do literato: intuitiva, observadora, crítica. Devido à sua vasta cultura, o que memorizou é uma fonte importante de estudo. O estudioso português João Freire, que desde cedo se interessou pela música cabo-verdiana e fez muito por ela (preciosa recolha musical na ilha de Nicolau, promotor da música de Travadinha, Cesária, Luís Rendall, Tututa…), fez a António Aurélio uma essencial e preciosa entrevista sobre a Morna e a Coladeira, no dia 24 de Novembro de 1979, na cidade do Mindelo. Vasco Martins transcreve esta entrevista (a parte da Morna), que começa por uma pergunta generalista de João Freire. O resto flui na voz de António Aurélio Gonçalves.
Relatório sobre Tráfico Humano: Cabo Verde em risco de descer na classificação. Cabo Verde permanece no nível 2 da lista de referência do Departamento de Estado norte-americano para o tráfico humano pelo segundo ano consecutivo. Dois anos no mesmo nível provocam o rebaixamento do país para o nível 3 (o pior de todos), a não ser que o secretário de estado suspenda essa depreciação. Prostituição nas ilhas turísticas, trabalho infantil, crianças sujeitas a abuso sexual, más condições laborais para emigrantes asiáticos e da sub-região africana, este é o cenário de Cabo Verde no último relatório sobre tráfico de seres humanos, publicado esta terça-feira.
Economia: Novo pacote de créditos para a criação de empresas divide opiniões. O Governo assinou na quarta-feira passada (21) protocolos com quatro bancos comerciais com o propósito de disponibilizar 575 mil contos para a criação ou alavancagem de empresas por jovens cabo-verdianos. A medida mereceu o aplauso de alguns e críticas de outros.
No interior, a opinião de Eurídice Monteiro, Diários do Tarrafal; de Amadeu Oliveira, o Sr. Presidente da República e a “Não-Justiça”; e de Manuel Brito-Semedo, Da Instrução Pública ao Liceu Nacional.