Na política recordamos este que foi o ano de eleições legislativas e presidenciais. O MpD voltou a vencer as legislativas e nas presidenciais José Maria Neves foi eleito na primeira volta. Mas há mais para contar nesta edição do Expresso das Ilhas. Lembramos a inauguração da embaixada de Cabo Verde na Nigéria naquele que é visto como um novo capítulo na aproximação de Cabo Verde ao continente, a aprovação do Orçamento do Estado para 2022 e ainda a instabilidade política na Câmara Municipal da Praia.
Passamos, também, em revista o que se passou na economia nacional. COVID-19, recessão económica, queda do PIB, lay-off, moratórias, aumento da dívida interna foram algumas das palavras que mais ouvimos, lemos e dissemos durante este ano.
Na Sociedade lembramos que o segundo ano da pandemia está quase a chegar ao fim, mas a luta contra a covid ainda parece longe de ser vencida. Contudo, algo se destacou em 2021 em todo o mundo e também em Cabo Verde: a vacinação contra o SARS-CoV-2, que veio evitar internamentos e mortes. A campanha de vacinação continua a decorrer de forma positiva, tendo sido reajustada ao longo do ano em termos de metas e faixas etárias. É o acontecimento de destaque na Sociedade, mas há outros que marcaram 2021…
A nível internacional lembramos a crise migratória a outras crises humanitárias. Das velhas tensões que se reacendem, às derrotas e desespero das populações. Do modo e nível de vida que se mostram vulneráveis aos eventos mundiais, mas também aos eventos singulares. A selecção de acontecimentos do ano destaca um pouco de tudo isto.
Na Cultura recordamos a realização de uma marcha dos agentes culturais apelando a mais solidariedade para com a classe artística. A manifestação aconteceu a nível nacional para demonstrar o descontentamento e a precariedade do sector das artes, cultura, entretenimento e indústrias criativas, paralisado desde o início da pandemia.
Destaque ainda para a entrevista com médico-cirurgião Morris Haroun Makar Bashier.
Este cirurgião nascido no Egipto chegou a Cabo Verde, em 1983, com um contrato de trabalho com a duração de um ano. A paixão pela sua profissão e o seu afecto “pelo povo destas ilhas” deram-lhe outro rumo à sua vida e acabou por ficar em Cabo Verde mesmo depois da reforma. Em conversa com o Expresso das Ilhas, o dr. Morris, como é carinhosamente tratado pelos praienses, fala da evolução da medicina em Cabo Verde desde o princípio dos anos 80 até à presente data, das amizades que cultivou com seus colegas de profissão, dos seus pacientes e do país que se tornou na sua segunda pátria e onde foi alvo de três homenagens em reconhecimento do trabalho prestado à saúde dos cabo-verdianos.
A ler, também, o artigo de opinião de Victor Fidalgo com 'É assim que vamos construir “Cabo Verde - país plataforma aérea”?'