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A EasyJet anunciou na semana passada que vai passar a utilizar tecnologias de ponta para melhorar os seus serviços, incluindo drones, aplicações e Realidade Aumentada em 3D.
No caso dos drones e das tecnologias robóticas, estes serão especialmente úteis à aceleração das inspecções externas da empresa, cujo processo se pode prolongar por períodos superiores a um dia.
Os drones serão igualmente capazes de digitalizar e avaliar os aviões de forma autónoma, com grande precisão, mas também de produzir um relatório onde podem reportar quaisquer danos que possam requerer uma avaliação mais aprofundada.
A EasyJet, que se encontra a trabalhar nesta área em conjunto com a Coptrcraft, a Measurement Solutions e a Universidade de Bristol, espera iniciar os testes a esta tecnologia já em 2015.
“A inspecção de aviões é uma óptima aplicação para os drones. Juntamente com a visão e navegação inteligente do computador, os drones podem obter dados precisos de lugares de difícil acessibilidade”, afirmou Arthus Richards, responsável da Universidade de Bristol pela área de robótica aérea. “Estamos ansiosos para trabalhar com a EasyJet neste desafio de desenvolvimento de sistemas de drones seguros, eficazes e eficientes”.
REALIDADE AUMENTADA EM 3D
Esta tecnologia vai permitir à equipa de engenharia da EasyJet visualizar remotamente, através de óculos de realidade virtual, o que o piloto ou o engenheiro estão a ver, além de permitir identificar remotamente questões técnicas, incluindo em aeroportos distantes da companhia aérea. O processo actual implica que os pilotos e engenheiros enviem fotografias por e-mail ao Centro de Operações de Controlo da empresa, de forma a resolver os problemas por telefone.
“A tecnologia de realidade aumentada em 3D é a chave para a EasyJet reduzir longos atrasos quando o aparelho está em terra. Isso vai permitir uma maior clareza sobre quaisquer problemas técnicos que ocorram a centenas de quilómetros de distância. Ao utilizar os óculos de realidade aumentada, os engenheiros ou pilotos podem transmitir imagens e dados ao vivo para o Centro de Operações de Controlo da EasyJet, em Luton, dando-lhes acesso directo a informação visual, tornando mais fácil resolver qualquer problema técnico”, afirmou Ian Davies, responsável de engenharia da EasyJet.
OUTRAS TECNOLOGIAS
A EasyJet também espera implementar aplicações à medida dos seus funcionários, tendo dado como exemplo uma aplicação que ajuda os engenheiros a identificar e substituir mais rapidamente as pás danificadas do ventilador. Para tal, bastaria que a aplicação digitalizasse as pás do ventilador de forma a requisitar automaticamente uma peça de substituição adequada. A empresa espera começar a testar aplicações com esta finalidade já no Verão.
A empresa também espera que as novas tecnologias a auxiliem a reduzir a presença e o consumo de papel nos seus aviões. Tablets como o Panasonic Touchpad, por exemplo, servirão para substituir os laptops e as cartas de navegação impressas, em todos os cockpits. Já tecnologias como o e-Paper da Sony permitiriam erradicar formulários impressos na cabine.
A EasyJet estima que a substituição do papel por soluções tecnológicas permita poupar até meio milhão de dólares anuais em combustível - ou 20 mil dólares anuais por cada quilo de papel retirado.
Estas tecnologias serão aplicadas à sua frota de 220 Airbus A319 e A320 e deverão permitir reduzir atrasos, sem prejuízo para a pontualidade ou segurança.
“Analisámos e avaliámos tecnologias emergentes em muitas indústrias e estamos agora, pela primeira vez, a implementar uma gama de novas tecnologias no sector da aviação, de modo a ajudar-nos a preparar a nossa frota de forma mais eficaz, eficiente e segura”, afirmou a directora executiva da EasyJet, Carolyn McCall.
