Obesidade associada a risco aumentado em 11 tipos de cancro

PorExpresso das Ilhas,20 mar 2017 6:46

A análise de 204 estudos confirma que a relação entre a obesidade e o risco de ter cancro é clara em vários tipos de cancro. Cólon, mama, ovários, pâncreas são apenas alguns na lista e o risco, dizem os cientistas, é maior com o aumento do peso.

Uma revisão de 204 estudos publicados nos últimos anos confirmou a relação entre o excesso de gordura no corpo e o risco aumentado de desenvolver 11 tipos de cancro. O estudo, publicado na revista British Medical Journal, quantifica o risco por cada dez ou cinco quilos a mais, mostrando que quanto mais peso, maior o risco.

A equipa de Maria Kyrgiou, do Imperial College, que inclui colegas do Reino Unido, França e Grécia, analisou 204 destes estudos que ligavam a obesidade a 36 tipos e subtipos de cancro, procurando seleccionar os que mostravam uma associação “forte e evidente” entre o excesso de gordura no corpo e o risco de desenvolver cancro.

O estudo revela, por exemplo, que o aumento da incidência do cancro do cólon no homem é de 9%, por cada aumento de 5kg/m2 de IMC (o peso a dividir pela altura ao quadrado) e de 11% do cancro da mama na mulher, por cada aumento de cinco quilos a mais, lê-se na edição de 11 de Março, de publico.pt. No cancro do endométrio, o risco sobe 26% por cada aumento de 0,1 centímetros na relação cintura/anca. No caso do cancro da via biliar, o efeito é bem mais significativo: por cada dez quilos a mais, o risco é aumentado em 56%.

Segundo a mesma fonte, do total de trabalhos científicos avaliados, os investigadores analisaram 95 estudos que se baseavam especificamente em medições contínuas de indicadores como o IMC e concluíram que 12 destes trabalhos demonstravam nitidamente a associação entre o aumento de peso e o maior risco de nove tipos de cancro. Outros estudos que recorriam a outros indicadores ligados à obesidade acabaram por aumentar a lista para 11 cancros. Apesar das suspeitas e indícios descritos numa grande parte dos artigos, os cientistas não encontraram “provas” suficientemente fortes para incluir outros cancros na lista.

 

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 798 de 15 de Março de 2017.

 

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Autoria:Expresso das Ilhas,20 mar 2017 6:46

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  17 mar 2017 11:17

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