A informação é confirmada por Nuno Mendes, CEO da WhiteHat, empresa portuguesa especializada em soluções de cibersegurança e representante da marca de anti-virus ESET. Segundo este responsável, os ataques são destinados a todos os endereços de e-mail.
“São ataques que visam qualquer utilizador. Obviamente que se verificam ataques cada vez mais direccionados a sectores empresariais ou administração pública, governos, organismos estatais, mas é um pouco transversal”, afirma.
Nuno Mendes recomenda a adopção dos mecanismos disponíveis de protecção e de boas práticas para prevenir infecções do computador
“Actualização dos sistemas operativos, aplicações e também uma boa consciência de utilização por parte dos utilizadores, em termos de abertura de anexos, leitura de e-mails de origem suspeita, visitar sites suspeitos e por aí fora", aponta.
"Na eventualidade de haver uma infecção de ransomware, realmente, a única solução passa por ter um sistema de backup [copia de segurança] que esteja a funcionar e que permita recuperar toda a informação perdida”, assinala.
O pagamento do regaste não produz qualquer efeito.
“O operador da conta que os cibercriminosos estavam a utilizar, um operador alemão, suspendeu a conta de e-mail. Portanto, qualquer vitima de ataque está impedida de fazer qualquer troca de comunicação com o cibercriminoso”, explica o CEO da WhiteHat.
Uma empresa de software de contabilidade ucraniana, denominada M.E.Doc foi o ponto de partida deste novo ciberataque. A partir deste ponto inicial, vários utilizadores executaram uma actualização infectada, a qual permitiu aos atacantes lançarem o vírus que rapidamente se espalhou pela Ucrânia e que já atingiu empresas e instituições de outros países, nomeadamente, Itália, Israel, Sérvia, Roménia, EUA, Lituânia e Hungria..