A tecnologia que aí vem

PorExpresso das Ilhas,15 jan 2018 15:21

CES 2018
CES 2018(Associated Press)

A tecnologia tem vários temas pendentes: desde fazer produtos para todos os públicos e bolsos, até ser mais inclusiva com as minorias. No CES, a maior feira de electrónica de consumo, que se realizou em Las Vegas até este fim-de-semana, deu-se um passo importante.

Como avança o El País, já não basta o gadget pelo gadget, mas sim pela sua função. Para trás vai ficando a luta pelo ecrã maior, pelo alta-voz mais potente ou pela câmara com mais megapixéis, para se centrar na resolução de problemas e na integração da tecnologia na vida diária da maneira mais natural possível.

Por exemplo, a Google e a Amazon estão numa batalha sem quartel para que falemos com os aparelhos, para que lhes perguntemos o que devemos vestir pela manhã seguindo o prognóstico meteorológico. Com isto, pretendem que a relação entre humanos e máquinas seja mais parecida com uma conversa. No entanto, ainda têm de resolver um problema: as máquinas ainda não conseguem perceber o contexto, o que obriga o humano a repetir frases completas.

Se em 2017 a grande estrela do CES foi a Alexa – a assistente da Amazon – este ano os louros vão para o Google Assistant. A maior parte dos fabricantes cederam a colocar este tipo de comando de voz nos seus aparelhos de última geração, mas esta categoria ainda não tem nome, para já chamam-se alta-voz com ecrã táctil. Não são um tablet, nem sequer um televisor, ligam-se à rede eléctrica e permitem fazer videoconferências, ver filmes ou consultar informação, tanto num ecrã como num podcast. Apenas em um ano, a equipa da Google conseguiu que diferencie as vozes dos diferentes membros da casa, sendo assim capaz de saber de um dos filhos tem treinos às cinco e a mãe uma reunião ao meio-dia. No fundo, perda de intimidade a troco de comodidade.

A Apple foi a pioneira com a Siri, mas tem-lhe custado ir mais além. E este ano está em jogo um dos lugares mais apetecíveis, o da Internet das Coisas. Quem ganhar fica com tudo: o controlo das casas, electrodomésticos, ócio, compras, agenda. No fundo, quem conseguir quota de mercado nestes primeiros anos, mete o dinheiro ao bolso.

Os wearables, a tecnologia em forma de roupa ou complementos, começam também a ter cada vez mais importância. O Apple Watch lidera um segmento que mistura luxo e utilidade. Hoje, a partir da ideia inicial de um relógio com notificações foram-se somando opções e surgindo subgéneros, como a pulseira desportiva. As chinesas Xaomi e Huawei também já apresentaram as suas propostas.

Algumas companhias começaram igualmente a pensar na terceira idade como um nicho de negócio interessante. No CES surgiu uma ideia que tem os olhos postos na envelhecida população europeia, o UBO, um robot de companhia. O robot complementa os seus serviços através de um relógio inteligente que põe em contacto o utilizador e os serviços sociais ou médicos. É assim possível transmitir vídeos, dados sobre a última medicação tomada ou o estado anímico do idoso. Vai ser comercializado num modelo de subscrição mensal, uma espécie de aluguer que inclui tele-assistência.

Pelo CES passaram mais de 160 mil visitantes em quatro dias, mas continuam por responder duas perguntas-chave para ganhar credibilidade: quando e quanto. 

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Autoria:Expresso das Ilhas,15 jan 2018 15:21

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  15 jan 2018 15:26

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