Fortnite, o videojogo grátis que vale milhões

PorExpresso das Ilhas,13 ago 2018 6:59

 Além de competir com outros jogadores, o espaço disponível para fugir na ilha está sempre a diminuir
Além de competir com outros jogadores, o espaço disponível para fugir na ilha está sempre a diminuir

​O desafio de batalhas até à morte, mas sem sangue, conquistourappersamericanos, futebolistas e jovens de férias. Menos de um ano após o lançamento, já facturou mais de mil milhões de dólares.

Cair de pára-quedas numa ilha remota não é o cenário mais promissor. Pior se torna quando essa ilha é ocupada por outras 99 pessoas, que também lá aterraram, com a única função de eliminar os outros enquanto uma terrível tempestade vai diminuindo o espaço disponível para fugir. É esta a narrativa de Fortnite: Battle Royale, um jogo de tiros online que une milhões de fãs num mundo ficcional em que uma crise ecológica misteriosa ameaça a humanidade e só um jogador, ou equipa, pode sobreviver. Para ganhar, é preciso agilidade, estratégia e – como em qualquer jogo de tiros – boa pontaria.

Fortnite, da editora americana Epic Games (parcialmente detida pela chinesa Tencent), tornou-se um fenómeno global nos últimos meses. Entre os 125 milhões de jogadores, há jovens de férias, jogadores da selecção francesa que celebram vitórias no mundial com danças das personagens, e o rapper norte-americano Drake. Pode ser jogado no computador, em consolas, e em iPhone (está para breve uma versão para Android).

Os criadores preferem não falar do fenómeno. Em resposta ao jornal Público, o director de marketing da Epic Games, Nick Chester, disse que a equipa quer “que o jogo fale por si só” e que evitam entrevistas sobre o negócio ou desenvolvimento de Fortnite.

O jogo é extraordinariamente lucrativo, apesar de ser grátis e de não ter anúncios a interromper. Cerca de um ano depois do lançamento, já ultrapassou mil milhões de dólares em receitas, de acordo com dados da analista Superdata. Só na versão para iPhone, o jogo faz dois milhões de dólares em receitas diárias. Em Maio, Fortnite bateu o recorde de maior receita mensal num jogo grátis: 318 milhões de dólares. É mais do que jogos populares como League of Le­gends e Pokémon Go.

O dinheiro vem todo dos extras – roupa para os personagens, passos de dança únicos, ou missões novas. Com o número de jogadores a crescer, basta que uma pequena parte faça este tipo de compras.

A fama tem-se espalhado. Em França, o Nantes apresentou um novo jogador do clube num vídeo que imita a apresentação das personagens no jogo. Celebridades como Drake, o cantor Joe Jonas e a comediante Roseanne Barr falam no Twitter sobre os desafios. Já há um acordo com a Epic Games para serem criados brinquedos inspirados no mundo de Fortnite.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 871 de 07 de Agosto de 2018.

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Autoria:Expresso das Ilhas,13 ago 2018 6:59

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  13 ago 2018 6:59

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