Cientistas querem perceber porque 'tossem' as estrelas

PorExpresso das Ilhas,5 jun 2019 10:45

Os cientistas deram conta que uma estrela gigante “tossiu”. Assim, foi detectada a libertação de massa coronal 10.000 vezes maior do que qualquer das erupções do nosso Sol.

A ejecção de massa coronal foi detectada através de equipamentos especiais no Chandra X-ray Observatory, um telescópio espacial actualmente em órbita da Terra.

Um grupo de investigadores identificou e caracterizou pela primeira vez uma poderosa erupção na atmosfera da estrela activa HR 9024. Desta forma, foi detectada uma intensa explosão de raios-X, seguido da emissão de uma gigantesca bolha de plasma.

Surpreendentemente, esta foi a primeira vez que uma ejecção de massa coronal, ou CME, foi vista numa estrela diferente do nosso sol. A coroa é a atmosfera exterior de uma estrela.

Ejecções de massa coronal (EMC) são grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura, provenientes da coroa solar. Esta informação é muito importante para ajudar os astrónomos a entender como as estrelas e os seus comportamentos mudam com o tempo.

O trabalho, publicado na revista Nature Astronomy, usou dados recolhidos pelo Chandra X-ray Observatory da NASA. Assim, os investigadores confirmam que os CMEs são produzidos em estrelas magneticamente activas e são relevantes para a física estelar. Além disso, os fenómenos permitem estudar sistematicamente estes eventos dramáticos noutras estrelas que não o Sol.

Segundo as informações, a equipa analisou um surto particularmente favorável. Isto porque o fenómeno ocorreu na estrela activa HR 9024, a cerca de 450 anos-luz de distância de nós.

Com efeito, o Espectrómetro de Rede de Transmissão de Alta Energia, ou HETGS, a bordo do Chandra é o único instrumento que permite medições dos movimentos de plasmas coronais com velocidades de apenas algumas dezenas de milhares de quilómetros por hora.

Portanto, os resultados dessa observação mostram claramente que, durante a explosão, o material muito quente (entre 10 e os 25 milhões de graus Celsius) primeiro sobe e depois cai com velocidades entre 362 000 e 1 500 000 quilómetros por hora. Isto está em excelente concordância com o comportamento esperado para o material ligado às erupção estelares.

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Autoria:Expresso das Ilhas,5 jun 2019 10:45

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  5 jun 2019 10:45

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