Primeiro-ministro diz que Cabo Verde “ganha notoriedade” com participação na Web Summit

Ulisses Correia e Silva com Paddy Cosgrave
Ulisses Correia e Silva com Paddy Cosgrave

​O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, considerou esta quinta-feira que Cabo Verde “ganha notoriedade, representação” e interesse com a sua participação na conferência de tecnologia Web Summit, em Lisboa.

Ulisses Correia e Silva fez um balanço positivo à comunicação social junto ao expositor de Cabo Verde, o único país africano que se apresentou ao longo dos três dias da conferência que termina hoje.

“Nós estamos no maior evento tecnológico do mundo, e é bom que Cabo Verde esteja representado através dos seus talentos”, acrescentou o chefe do Governo do arquipélago lusófono, sobre uma iniciativa que custou “mais de 100 mil euros” aos cofres do país.

Ainda assim, Ulisses Correia e Silva diz não ter dúvidas de que “o retorno será bom para o país, enquanto país, e também para os nossos jovens”.

Ulisses Correia e Silva destacou que a participação “faz parte de um investimento ainda maior”, acrescentando que Cabo Verde precisa “destes palcos” e que complementa iniciativas como a construção de dois parques tecnológicos – na Praia e em São Vicente – e de infraestruturas de telecomunicações.

Na visita ao expositor, o governante de Cabo Verde encontrou-se com os representantes de dez ‘start-ups’ cabo-verdianas que estiveram no evento após vencerem um concurso a nível nacional.

O balanço positivo da participação cabo-verdiana na Web Summit foi corroborado pelo director-geral das Telecomunicações e Economia Digital, Aruna Handem.

Em declarações à Lusa, o responsável considerou que as expectativas “foram superadas”.

Aruna Handem afirmou que a participação na Web Summit permite “viver e aprender o que está a ser feito” noutros países.

O director-geral da instituição integrada no Ministério das Finanças de Cabo Verde considera que a aposta na tecnologia pretende fazer desta uma bandeira, à semelhança do turismo.

A Web Summit terminou ontem no Altice Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), com a organização a estimar mais de 70 mil participantes naquela que é a quarta edição de 13 previstas em Lisboa.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é considerada um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, e vai manter-se na capital portuguesa até 2028, depois de, em Novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.

Ulisses Correia e Silva convida Paddy Cosgrave

Na sua passagem pela Web Summit,  Ulisses Correia e Silva, encontrou-se com o presidente executivo e cofundador do Web Summit, Paddy Cosgrave, transmitiu o reconhecimento de Cabo Verde pelo evento e convidou-o a visitar o arquipélago.

“O Web Summit é, sem dúvidas, um dos maiores eventos tecnológicos do mundo. E tem conseguido a cada edição, uma maior projecção, com participação de empreendedores e investidores de vários países”, disse Ulisses Correia e Silva, numa publicação efectuada na sua página oficial da rede social Facebook e citado pela Inforpress.

Afirmou ainda que Paddy Cosgrave mostrou-se “bastante interessado” em visitar Cabo Verde e conhecer as potencialidades do arquipélago no domínio da economia digital.

“Pensamos recebê-lo no próximo ano”, avançou o chefe do Governo.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress, Lusa,8 nov 2019 6:11

Editado porSara Almeida  em  8 nov 2019 15:05

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