Ulisses Correia e Silva fez um balanço positivo à comunicação social junto ao expositor de Cabo Verde, o único país africano que se apresentou ao longo dos três dias da conferência que termina hoje.
“Nós estamos no maior evento tecnológico do mundo, e é bom que Cabo Verde esteja representado através dos seus talentos”, acrescentou o chefe do Governo do arquipélago lusófono, sobre uma iniciativa que custou “mais de 100 mil euros” aos cofres do país.
Ainda assim, Ulisses Correia e Silva diz não ter dúvidas de que “o retorno será bom para o país, enquanto país, e também para os nossos jovens”.
Ulisses Correia e Silva destacou que a participação “faz parte de um investimento ainda maior”, acrescentando que Cabo Verde precisa “destes palcos” e que complementa iniciativas como a construção de dois parques tecnológicos – na Praia e em São Vicente – e de infraestruturas de telecomunicações.
Na visita ao expositor, o governante de Cabo Verde encontrou-se com os representantes de dez ‘start-ups’ cabo-verdianas que estiveram no evento após vencerem um concurso a nível nacional.
O balanço positivo da participação cabo-verdiana na Web Summit foi corroborado pelo director-geral das Telecomunicações e Economia Digital, Aruna Handem.
Em declarações à Lusa, o responsável considerou que as expectativas “foram superadas”.
Aruna Handem afirmou que a participação na Web Summit permite “viver e aprender o que está a ser feito” noutros países.
O director-geral da instituição integrada no Ministério das Finanças de Cabo Verde considera que a aposta na tecnologia pretende fazer desta uma bandeira, à semelhança do turismo.
A Web Summit terminou ontem no Altice Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), com a organização a estimar mais de 70 mil participantes naquela que é a quarta edição de 13 previstas em Lisboa.
Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é considerada um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, e vai manter-se na capital portuguesa até 2028, depois de, em Novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.
Ulisses Correia e Silva convida Paddy Cosgrave
Na sua passagem pela Web Summit, Ulisses Correia e Silva, encontrou-se com o presidente executivo e cofundador do Web Summit, Paddy Cosgrave, transmitiu o reconhecimento de Cabo Verde pelo evento e convidou-o a visitar o arquipélago.
“O Web Summit é, sem dúvidas, um dos maiores eventos tecnológicos do mundo. E tem conseguido a cada edição, uma maior projecção, com participação de empreendedores e investidores de vários países”, disse Ulisses Correia e Silva, numa publicação efectuada na sua página oficial da rede social Facebook e citado pela Inforpress.
Afirmou ainda que Paddy Cosgrave mostrou-se “bastante interessado” em visitar Cabo Verde e conhecer as potencialidades do arquipélago no domínio da economia digital.
“Pensamos recebê-lo no próximo ano”, avançou o chefe do Governo.