Investigadores apresentam forma “secreta” de incorporar registo de vacinas

PorExpresso das Ilhas,3 jan 2020 11:53

A Fundação Bill e Melinda Gates e os investigadores do MIT criaram uma tinta segura que pode ser aplicada na pele ao lado da vacina. A tinta só é visível quando usada uma aplicação desenvolvida para smartphones, que emite luz, revelando a marca.

Os investigadores encontraram uma forma “secreta” de incorporar o registo de uma vacinação, directamente na pele do paciente, em vez de fazer esse registo de forma electrónica ou em papel. Dessa forma, o sistema de rastreamento desenvolvido poderia simplificar a manutenção de registos precisos de vacinação.

“Nas áreas em que os cartões de vacinação em papel geralmente são perdidos ou não existem, e os bancos de dados electrónicos são inéditos, esta tecnologia pode permitir a detecção rápida e anónima do histórico de vacinação dos pacientes, para garantir que todas as crianças sejam vacinadas”, explicou Kevin McHugh, em comunicado, investigador do MIT e um dos autores do estudo, citado pelo Canal Tech, conforme a ZAP.

Como Funciona?

O projecto das “tatuagens secretas” que acompanham vacinas surgiu a partir de uma solicitação direita do próprio fundador da Microsoft, Bill Gates, que está envolvido há anos em esforços para erradicar a poliomielite e o sarampo, por exemplo.

A revista Science Translational Medicine publicou um artigo que explica que a marca "secreta" é feita a partir de uma espécie de adesivo com minúsculos pontos — pequenos cristais semicondutores que reflectem a luz — que brilha sob a luz infravermelha. Na hora da vacinação, tanto o sinal como a vacina são libertados na pele usando estas micro-agulhas.

De acordo com o Futurism, até agora, o sistema é apenas uma prova de conceito e não está pronto para o uso. Entretanto, os cientistas testaram a aplicação em ratos e descobriram que os padrões ainda eram detectáveis nove meses após a injecção. Nos modelos de pele humana, os padrões duraram mais de cinco anos com exposição solar simulada.

“É possível um dia que esta abordagem invisível possa criar novas possibilidades para aplicações de armazenamento de dados, biossensores e vacinas que possam melhorar a forma como os cuidados médicos são prestados, principalmente nos países em desenvolvimento”, explica Robert Langer, professor e autor sénior do MIT.

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Autoria:Expresso das Ilhas,3 jan 2020 11:53

Editado porSara Almeida  em  3 jan 2020 11:53

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