Falta de energia continua a ser barreira para o crescimento da África

PorSheilla Ribeiro,19 fev 2020 12:23

A falta de energia - tradicional ou renovável - para assistência médica, agricultura, educação e economia continua sendo uma barreira crítica ao crescimento e prosperidade geral no continente africano, de acordo com a Comissão Económica das Nações Africanas.

Numa nota de imprensa a Comissão Económica das Nações Africanas informa que quase 600 milhões de africanos (cerca de metade da população) não têm acesso à electricidade, sendo que 110 milhões vivem em áreas urbanas, todos próximos das redes eléctricas.

“Falhas e ineficiências na infra-estrutura de transmissão de energia, combinadas com altos custos, conexões de última milha com comunidades rurais e outros factores, significam que muitos africanos estão se mudando escolhendo opções caras, como geradores e, em alguns casos, construindo residências e sistemas solares de mini-rede em suas comunidades”, refere a nota.

Essas inovações, de acordo com a mesma fonte, acabam sendo insustentáveis para o continente, onde o ritmo da electrificação não acompanhará o rápido crescimento populacional.

Na nota, a Comissão Económica das Nações Africanas afirma ainda que a construção do sector de energia, em escala, é crítica para a realização de Agenda 2063 das regiões e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

Entretanto, avança que uma revolução da energia limpa está “rapidamente” dominando o continente já com quase 9.000 megawatts de energia renovável não-hidreléctrica (principalmente solar e eólica) on-line em 20 países.

Por exemplo, o Quénia obtém três quartos de sua electricidade para energia renovável, enquanto 97% da electricidade da Etiópia é proveniente de fontes renováveis.

“Mas é necessária uma acção mais ousada e concertada. Em 11 de Fevereiro de 2020, em Adis Abeba, às margem da Cúpula da Comissão Económica das Nações Africanas e a empresa de investimento PIMCO, associando Africa50, a Banco de Desenvolvimento da África Austral e do Fundo Soberano de Investimento da Nigéria, convidou uma série de Chefes de Estado e Ministros africanos a se unirem a este pacto trazer mais energia limpa para a África”, consta.

Nomeado por seu vínculo com o ODS em "energia limpa e acessível", a iniciativa já começou a incluir o projecto de energia limpa e as oportunidades de investimento em alguns países , incluindo Etiópia, Senegal, Quénia, Togo, África do Sul e Marrocos.

O objectivo geral desta nova iniciativa é adicionar 10.000 megawatts adicionais até 2025 aos países africanos, tudo na forma de energia limpa, incluindo solar, eólica, hídrica e geotérmica.

Alguns desses projectos serão, conforme a mesma fonte, do sector público puro, outros serão do sector privado e alguma natureza privada.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,19 fev 2020 12:23

Editado porSara Almeida  em  19 fev 2020 12:23

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