"Contacto confirmado (…) amostragem concluída", anunciou a agência espacial norte-americana durante uma transmissão em directo das operações.
O momento do contacto com o corpo celeste foi celebrado com aplausos, uma vez que representa o culminar de uma missão que vai no quarto ano.
A sonda Osiris-Rex, da NASA, tocou a superfície do asteróide Bennu com o seu braço robótico, para colectar uma amostra do solo. Caso for bem-sucedida, a missão chegará a Terra em 2023, trazendo partículas para serem estudadas.
Mas, a equipa ainda precisa analisar os dados para confirmar se a amostra é viável, tendo de ter entre pelo menos 60 gramas e um máximo dois quilos.
É a primeira vez que a agência retira um pedaço de um asteróide em movimento. O procedimento levou cerca de quatro horas e meia.
Descoberto em 1999, Bennu é conhecido por ser rico em carbono, um composto básico da vida tal como se conhece. Segundo a NASA, a missão irá ajudar os cientistas a compreenderem melhor como os planetas do Sistema Solar se formaram e como a vida começou na Terra. Asteróides como o Bennu contêm recursos naturais como água, compostos orgânicos e metais.
Asteróide Bennu
O Bennu é um asteróide activo que, eventualmente, poderá chocar com o planeta Terra. Com 525 metros de diâmetro é formado por rochas agrupadas e mantidas juntas pela força da gravidade.
O corpo celeste foi escolhido para a missão devido a semelhanças com outros asteróides e cometas potencialmente perigosos, chamados "Near-Earth Objects" (NEOs), ou objectos próximos à Terra.
A sonda Osiris-REx foi lançada em Setembro de 2016 e entrou na órbita de Bennu em Dezembro de 2018. Desde então, tem registado diversos dados e imagens do asteróide.
A aproximação foi transmitida ao vivo pela NASA.