Os laboratórios Sanofi e GSK vão disponibilizar 200 milhões de doses da sua vacina ao Covax, programa de imunização internacional lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O intuito é garantir “acesso justo e equitativo às futuras vacinas vacinas contra o SARS-Cov-2.
A francesa Sanofi e a britânica GSK avançaram hoje em comunicado ter “firmado uma declaração de intenções com a Aliança para as Vacinas (Gavi)”, admistrador jurídico do Covax, uma iniciativa da OMS que reúne mais de 180 países, para garantir uma compra e distribuição de vacinas por todo o mundo.
Assim os laboratórios, passam a incorporar o programa, e pretendem disponibilizar “200 milhões de doses da vacina de proteína recombinante adjuvante contra o novo coronavírus, caso seja aprovada pelas autoridades regulatórias e sob reserva de adjudicação de contratos”.
A vacina conjunta da Sanofi e a GSK, iniciou o teste clínico em humanos em Setembro, recrutando 440 participantes para o efeito.
As duas empresas planeiam obter os primeiros resultados "no início de Dezembro de 2020 e poder lançar um teste de fase III antes do final do ano". A fase III dos testes é realizada em milhares de participantes.
“Se os dados desses testes forem suficientemente convincentes para registar um pedido de aprovação, um pedido de aprovação regulatória deve ser submetido às autoridades de saúde no primeiro semestre de 2021”, especificaram os dois grupos, citados pela imprensa internacional.
As vacinas disponibilizadas são direccionadas aos países mais vulneráveis que de outra forma poderia ficar sem acesso às mesmas.
"Desde que começámos a desenvolver vacinas contra o SARS-CoV-2, a GSK comprometeu-se a disponibilizá-las a todos, em todos os lugares", disse Roger Connor, presidente da GSK Vaccines.
Num comunicado à parte, a GAVI, citado pela Lusa, qualificou o anúncio de "passo importante", lembrando que a sua meta é angariar dois mil milhões de vacinas até o final de 2021.
Os últimos dados oficiais apontam que 184 países aderiram até agora ao Covax, mecanismo internacional de compra e distribuição de vacinas. Desses, 92 são 92 países de rendimentos baixos e médios, que receberão as doses gratuitas e 92 países de " rendimento alto" que passarão pela Covax para se abastecerem, mas terão de pagar pelas doses do próprio bolso.
Embora não seja especificado quais os países que poderão usufruir gratuitamente das futuras vacinas, Cabo Verde é, como se sabe, considerado país de rendimento médio. Aliás, foi após essa elevação que passou a estar excluído dos apoios da Aliança para as Vacinas (Gavi). Contudo, pêlos parâmetros de distribuição que têm sido divulgados, deverá ser elegível para receber doses gratuitas da vacina.