Variante britânica sofreu mais uma mutação. Cientistas mostram-se preocupados

PorExpresso das Ilhas,6 fev 2021 9:52

A variante britânica do novo coronavírus está a espalhar-se no Reino Unido e não só. Esta poderá ser responsável por 50% das infecções na zona de Lisboa e Vale do Tejo em Portugal e, de acordo com cientistas, aparenta estar a sofrer uma nova mutação.

Vários testes em algumas amostras mostram a mutação – a que foi dado o nome de E484K – já detetada na estirpe da África do Sul e do Brasil. Para já, os especialistas britânicos encontraram apenas alguns casos, cerca de uma dezena, relata o site zap.aeiou.pt.

Os invesigadores, que se mostram preocupados com as novas mutações, sugerem que estas alterações podem afetar a eficácia da vacina. Contudo, acreditam que as vacinas que estão a ser usadas atualmente devem funcionar.

Segundo a mesma fonte, no Reino Unido as medidas de controlo já foram apertadas para evitar a transmissão da nova variante e de outras, como a sul-africana, que levou a uma campanha massiva de testagem em alguns bairros de Londres e outras zonas de Inglaterra.

Em 214 159 amostras analisadas, os especialistas da Public Health England (instituto de saúde inglês) encontraram 11 casos da variante britânica com a mutação E484K.

Embora estejam preocupados, os cientistas não ficam surpreendidos com estes resultados, uma vez que todos os vírus sofrem mutações.

Porém,é “um desenvolvimento preocupante, embora não totalmente inesperado”, refere Julian Tang, especialista em vírus da Universidade de Leicester, em declarações à BBC.

A epidemiologista defende que é necessário que continuem a ser observadas as medidas sanitárias para travar a disseminação do vírus, de modo a reduzir as mutações.

Tang instou a população a respeitar as restrições vigentes para travar a pandemia, uma vez que “os vírus não apenas se propagam, como também evoluem” para se adaptarem ao meio envolvente.

“Caso contrário, o vírus não só pode continuar a espalhar-se, como também pode evoluir”, alerta Tang.

Segundo a BBC, alguns estudos sugerem que a mutação E484K pode ajudar o vírus a escapar da ação dos anticorpos. A Moderna é uma das farmacêuticas que indicou, no entanto, que os resultados da sua vacina indicam que o fármaco ainda é eficaz contra as variantes com esta mutação.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1001 de 3 de Fevereiro de 2021.

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Autoria:Expresso das Ilhas,6 fev 2021 9:52

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  6 fev 2021 9:52

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