Um novo estudo sugere que o Alzheimer é uma doença bem mais complexa do que pensávamos. Não existe uma forma “típica” da doença de Alzheimer, uma vez que a condição pode manifestar-se de pelo menos quatro maneiras diferentes, dizem os investigadores.
Cada um destes quatro tipos de Alzheimer, de acordo com o site zap.aeiou.pt, ataca diferentes regiões do cérebro, sugerem ainda os autores do estudo publicado na revista científica Nature Medicine.
A proteína tau é considera a culpada do aparecimento e desenvolvimento da doença, embora ainda não haja certezas em relação à sua causa. Segundo a mesma fonte, alguns especialistas sugerem que a agregação e disseminação desta proteína poderá ser apenas uma das suas consequências.
De qualquer forma, a disseminação de tau pode ser usada para identificar esta doença, que é a forma mais comum de demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos.
A equipa de investigadores analisou os dados de Tomografias por Emissão de Positrões (PET) de 1.143 pessoas para ver onde no cérebro as proteínas tau estavam a acumular-se.
A PET é uma técnica de imagiologia médica recente que utiliza moléculas que incluem um componente radioativo. Quando administradas no corpo humano, estas moléculas permitem detectar e localizar reacções bioquímicas associadas a determinadas doenças.
De acordo com o Big Think, um algoritmo foi aplicado a estes dados, sendo capaz de categorizar os padrões nas imagens. Isto pode significar que existem quatro subtipos de Alzheimer, cada um com diferentes áreas afectadas do cérebro, sintomas e prognósticos.
A confirmar-se, um diagnóstico mais preciso de Alzheimer pode ajudar a fornecer tratamento especializado para futuros pacientes.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1015 de 12 de Maio de 2021.