“Essa ideia está ultrapassada porque as vacinas não são 100% eficazes, porque as vacinas não protegem contra a infecção e contra a capacidade de transmissão e, portanto, qualquer pessoa mesmo vacinada em algum grau contribui para a transmissão do vírus”, alertou à agência Lusa o investigador do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
O professor catedrático de bioquímica explicou que o conceito de imunidade de grupo, neste momento, nem se aplica muito, porque isso acontece quando uma série de pessoas não pode ser infectada e não transmite o vírus a outras pessoas.
Para o investigador, também se deve evitar “grandes dicotomias entre mais novos e mais velhos”, porque, vincou, “qualquer um pode adoecer, pode transmitir o vírus” e contribuir para “um agravar da situação”.
De qualquer forma, frisou, “é sempre melhor estar vacinado com qualquer uma das vacinas do que não estar vacinado”.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1021 de 23 de Junho de 2021.