O foguetão Ariane 5 foi lançado de Kourou, na Guiana Francesa, com os satélites de telecomunicações SES-17 e o 4A do programa Syracuse, às 23:10 (00:10 de hoje em Cabo Verde). A missão terminou 38 minutos e 41 segundos depois da descolagem.
O "Syracuse 4A foi concebido para resistir às agressões militares a partir de terra e no espaço", disse o coronel Stéphane Spet, porta-voz da força aérea e espacial francesa.
O programa Syracuse representa um investimento total de cerca de quatro mil milhões de euros e a quarta geração vai multiplicar por três a capacidade de comunicação da anterior (S3).
"Há uma lei quase matemática de aumento regular do volume de dados", sublinhou Spet, citando as necessidades geradas pelos sistemas de comando, a representação de situações tácticas no terreno, o vídeo, proveniente, por exemplo dos 'drones' [aparelhos não tripulados] Reaper destacados na região africana do Sahel, bem como o tratamento, em tempo real, dos dados enviados de diferentes locais do planeta.
A França vai dispor de 400 estações capazes de comunicar com o S4, de acordo com a Direção-geral de Armamento (DGA) francesa.
Em órbita ficou também o satélite de telecomunicações SES-17, concebido para aumentar a conectividade em voo para os utilizadores de aeronaves, satisfazer a elevada procura de transmissão de dados para o transporte marítimo e acelerar as iniciativas de inclusão digital, indicou a Arianespace.