A empresa que controla o Facebook e as aplicações, como o Instagram e WhatsApp, tem novo nome.
Vai-se chamar Meta, numa tentativa de abranger a sua visão de realidade virtual para o futuro, a qual designa por "metaverso", anunciou esta quinta-feira o co-fundador da empresa, Mark Zuckerberg, num evento sobre realidade virtual.
A rede social em si mantém o nome Facebook, assim como a estrutura corporativa da empresa também não irá sofrer alterações, mas as suas acções passarão a ser negociadas sob a designação "MVRS" em 1 de Dezembro.
"O Facebook é um dos produtos mais usados na história do mundo. É uma marca icónica de rede social, mas cada vez mais, não engloba tudo o que fazemos", explicou Zuckerberg, sustentando que "no nosso ADN somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar pessoas".
Os críticos apontam, no entanto, que a mudança parece ser uma tentativa de desviar as atenções dos 'Facebook Papers', um conjunto de documentos confidenciais que foram expostos e divulgados por um consórcio de órgãos noticiosos, incluindo a Associated Press (AP).
Muitos desses documentos, mencionados pela primeira vez por Frances Haugen, uma ex-funcionária do Facebook que se tornou denunciante, revelam como a empresa fundada por Mark Zuckerberg ignorou ou subestimou avisos internos sobre as consequências negativas e prejudiciais causadas pelos algoritmos da rede social em todo o mundo.
Zuckerberg diz esperar que o "metaverso" alcance mil milhões de pessoas durante a próxima década e que será um lugar onde as pessoas poderão interagir, trabalhar e criar produtos ou conteúdos no que espera ser um ecossistema que irá criar milhões de empregos para criativos.
O director executivo justificou a mudança de nome afirmando que "Facebook" não abrange tudo o que faz a empresa que inclui, além da rede social principal, o Instagram, o Messenger, a Quest VR e a plataforma Horizon VR, entre outras.