Os engenheiros da agência espacial americana dizem ter agora conseguido concentrar totalmente o observatório de 10 mil milhões de dólares numa estrela de teste. Para chegar a esta fase, todos os espelhos de Webb tiveram de ser alinhados a pequenas fracções da largura de um cabelo humano.
Mas, a agência adverte que ainda há muito trabalho pela frente antes que o telescópio possa ser declarado operacional.
Lee Feinberg, o engenheiro da Nasa que liderou o desenvolvimento dos elementos ópticos da Webb, descreveu o lançamento da primeira imagem devidamente focalizada como fenomenal.
"Não só se vê a estrela e os espigões da difracção da estrela, mas também se vêem outras estrelas no campo que estão bem focadas, tal como esperavámos, e todo o tipo de outras estruturas interessantes no fundo", disse ele aos repórteres.
Webb, anunciado como o sucessor do famoso Telescópio Espacial Hubble, foi lançado a 25 de Dezembro por um foguete Ariane-5 da Guiana Francesa.
Os seus objectivos principais são tirar fotografias das primeiras estrelas a brilhar no Universo e sondar planetas longínquos para ver se podem ser habitáveis.
Para dar à Webb a resolução e sensibilidade necessárias para cumprir esta missão, foi equipada com um espelho primário de 6,5m de largura.
Mas, a superfície reflectora, composta por 18 segmentos, é tão grande que teve de ser dobrada para caber no interior do cone do Ariane.
As tarefas iniciais desde o lançamento foram assim dominadas pela exigência de desembalar o espelho e outras ópticas e de fazer com que todos funcionassem em harmonia.
Cada um desses 18 segmentos teve a sua orientação e curvatura ajustadas por pequenos motores, permitindo-lhes comportar-se como se fossem uma superfície única e monolítica.