Pedro Lopes fez esta afirmação na cerimónia de abertura da XIV assembleia geral da Associação de Reguladores de Comunicações e Telecomunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ARCTEL-CPLP) a decorrer na Praia hoje e quinta-feira e em que também serão eleitos os novos órgãos sociais da organização.
“Em Cabo Verde desenvolvemos a economia digital, criamos condições óptimas para o empreendedorismo com base tecnológica, estamos a definir um enquadramento legal para quem não possa ter acesso à Internet por questões financeiras possa ser facilitado”, disse, lembrando que a Internet hoje em dia é uma ferramenta de “escala social”.
As telecomunicações, segundo o governante, não é algo que deve ser restrito a uma elite, mas sim que chegue a todos, através do seu acesso, por democratizar conhecimentos e capital, por forma de trabalho e de aprendizagem.
Em declarações à imprensa, considerou importante a realização da assembleia presencial da ARCTEL-CPLP que acontece após dois anos de covid-19 e que vai debater as questões das telecomunicações.
“Isso surge num contexto em que o parlamento já autorizou a adesão de Cabo Verde à União Africana de Telecomunicações”, lembrou, sublinhando que Cabo Verde quer nestas matérias ser referência, daí a razão do debate destes temas acontecer no País.
Questionado sobre a rede 5G e o acesso mais acessível da Internet aos cabo-verdianos, Pedro Lopes avançou que no que toca à Internet o Governo está a definir um enquadramento legal para que os nacionais possam ter acesso.
No que se refere a rede 5G, assegurou que está sendo preparado, sendo que uma primeira fase será para o lançamento aos parques tecnológicos, aos hospitais e outros.
“Vamos ser dos primeiros países a ter 5G de qualidade em África”, anotou, sublinhando que Cabo Verde sempre soube liderar a área da tecnologia.
Quanto ao ‘roaming’ gratuito a nível da CPLP, o secretário de Estado da Economia Digital sustentou que tudo o que puder ser um acréscimo para os cidadãos, Cabo Verde apoia.