Universidade quer desenvolver bomba de insulina mais pequena e sem cateter

PorExpresso das Ilhas,19 jun 2022 12:27

As características desta bomba de insulina seriam especialmente úteis para crianças com diabetes tipo 1.

Investigadores da Universidade Politécnica de Valência (UPV) participam no projecto europeu Prisma, que visa desenvolver uma bomba de insulina mais pequena, mais precisa e sem cateter, o que a tornaria “especialmente útil” para crianças com diabetes tipo 1.

O trabalho da equipa de investigação do Instituto de Automação e Informática Industrial (ai2) da UPV, escreve o jornal Público, centra-se no desenvolvimento do software e hardware da nova bomba, como adiantou a instituição académica à agência de notícias espanhola Efe. O trabalho, financiado pela União Europeia e que terá a duração de três anos, é coordenado pela Universidade Técnica da Dinamarca.

O novo sistema de bombas baseia-se num material que foi previamente desenvolvido no programa FET-Open BioWings, que tem a capacidade de bombear quando estimulado electricamente. “Este material permite eliminar toda a parte mecânica das bombas de insulina e, portanto, reduzir o seu tamanho e alcançar um melhor controlo de fluxo”, explica Jorge Bondia, investigador principal do Prisma.

O principal objectivo será a concepção de uma nova bomba de insulina, menor do que as que existem actualmente, com mais capacidade e melhor controlo do que as disponíveis para doentes com diabetes tipo 1.

A ideia começa com a construção de uma bomba de câmara única, ou seja, apenas insulina, e depois passará para o fabrico de uma bomba de duas câmaras, para a administração da insulina combinada com o glucagon (hormona oposta à insulina). O projecto validará em laboratório a precisão de fluxo das novas bombas, de acordo com as mesmas fontes.

“O facto de não ter cateter e ser mais pequeno torna-o especialmente útil para as crianças, uma vez que são pacientes mais difíceis de controlar e, portanto, aqueles que mais podem beneficiar desta tecnologia. A diabetes tipo 1 é geralmente detectada em idade muito jovem”, explica Bondia, citado pela agência Lusa.

Bondia afirmou também que o facto de a nova bomba ter mais capacidade para incorporar uma segunda câmara será especialmente interessante para controlar situações, por exemplo, de exercício físico. Vários estudos têm demonstrado que nestas situações é necessário um controlo com infusão de glucagão, além da insulina”.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1072 de 15 de Junho de 2022. 

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Autoria:Expresso das Ilhas,19 jun 2022 12:27

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  19 jun 2022 12:27

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