A astronomia tem aparecido nas notícias com frequência, nos últimos tempos. O “culpado” chama-se James Webb. Mesmo quem nunca tinha ouvido falar do supertelescópio, escreve o site zap.aeiou. pt, ou mesmo quem não tenha qualquer interesse em astronomia, quase de certeza passou por notícias relacionadas com este tema, em Julho. Esse pretexto, aliado à década de existência do portal, fez o Canaltech fazer um balanço rápido das descobertas mais importantes no mundo da astronomia ao longo dos últimos 10 anos.
A primeira destacada também culminou em 2022. Em Março a NASA anunciou que chegou aos 5 mil exoplanetas descobertos. E ainda haverá muitos mais por descobrir. E também se podem descobrir diversos planetas habitáveis, fora do nosso Sistema Solar. Há por aí planetas semelhantes ao nosso planeta Terra.
O segundo destaque é para as duas sondas Voyager, que já andam pelo Espaço há décadas e que, ao longo desta última, alcançaram o espaço interestelar. E houve comunicação já fora do sistema solar.
Uma recolha de amostras de asteroides foi feita pela primeira vez, em missões espaciais, nestes últimos anos. Os cientistas ficaram sem “palavras”.
Outra estreia foi a confirmação de uma das previsões da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein: a detecção da primeira onda gravitacional.
Os astrónomos cruzaram-se pela primeira vez com a colisão de duas estrelas de neutrões super-densas, através das ondas gravitacionais e luz formadas pelo impacto, numa galáxia a 130 milhões de ano -luz da Terra.
“Buracos negros”. Voltando ao início do artigo, até os menos atentos à astronomia já devem ter lido ou ouvido esta designação. Muitas vezes. Ao longo dos últimos anos foram reveladas duas imagens de buracos negros. Embora haja astrónomos a duvidar da primeira.
A Perseverance, a nova missão a Marte, foi iniciada há apenas dois anos. Os “sete minutos de terror” foram ultrapassados ao pousar e já fez história, por exemplo, ao converter dióxido de carbono em oxigénio.
Igualmente para Marte seguiu o Ingenuity. Um helicóptero ultraligeiro para testar a possibilidade de voo numa atmosfera muito mais fina do que a da Terra. E conseguiu chegar. Foi a primeira aeronave a descolar da Terra que voou noutro planeta.
Voltando a 2022, foram descobertas bases de ADN e ARN em amostras de meteoritos. A descoberta sugere que as rochas espaciais podem ter entregue à Terra os compostos para a origem da vida. Por fim, as já mencionadas imagens recolhidas pelo James Webb, as primeiras a partir do maior telescópio espacial de sempre.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1081 de 17 de Agosto de 2022.