A ideia de inserir a tecnologia actualmente presente nos painéis solares nos vidros que preenchem as janelas das habitações parece ser demasiado boa para ser verdade, conta o site zap.aeiou.pt. No entanto, o potencial é inegável, assim como a capacidade de transformar a forma como a energia chega às cidades e o nível de poluição a que estas estão sujeitas – o que se iria reflectir também em territórios mais longínquos.
Esta possibilidade surge precisamente numa altura em que o mundo se esforça por um futuro com menos carbono para travar os piores efeitos das alterações climáticas, a energia solar deveria inquestionavelmente ser um dos aliados mais fortes. Mas até que ponto esta tecnologia é realmente viável? Poderíamos realmente gerar eletricidade a partir de janelas de casas, tejadilhos de automóveis ou mesmo smartphones?
Primeiramente, é importante referir que a tecnologia em causa já existe, e consiste em recolher e utilizar energia luminosa através de janelas ou qualquer superfície de vidro, independentemente do ângulo. Em termos de engenharia, os investigadores criaram vários meios de tecnologia solar transparente. A maioria funciona mais como um concentrador solar transparente, o que significa que são feitos para absorver comprimentos de onda de luz UV e infravermelhos específicos que não são visíveis a olho nu. Consequentemente, transforma-os em energia capaz de alimentar a eletrónica.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1085 de 14 de Setembro de 2022.