O meteorito foi encontrado na Somália e pesa 15 toneladas, sendo considerado o nono maior meteorito conhecido.
O El Ali foi identificado em 2020, conta o site zap.aeiou.pt, mas os moradores locais afirmam que a rocha espacial já era conhecida por várias gerações, que a descreveram nas suas músicas e poemas. Já o nome dele é uma referência ao local onde foi encontrado, próximo à cidade de El Ali.
Para o estudo, segundo a mesma fonte, os investigadores trabalharam com uma fatia de 70 g. Os novos minerais encontrados nela foram chamados “elaliita”, nome inspirado no próprio meteorito, e “elkinstantonita”, como uma homenagem a Lindy Elkins-Tanton, investigadora principal da futura missão Psyche, e para destacar também as suas descobertas e estudos sobre a formação dos núcleos dos planetas.
Além destes, há ainda um possível terceiro mineral em análise. “Sempre que você encontra um novo mineral, significa que as condições geológicas reais, a química da rocha, eram diferentes de como estavam antes”, disse Chris Herd, professor no departamento de Ciências Atmosféricas e da Terra, na universidade, citado pelo zap.aeiou.pt.
As descobertas são resultado de análises lideradas por Herd, que estava a classificar a rocha e encontrou alguns minerais curiosos. Então, decidiu entrar em contacto com Andrew Locock, director de um laboratório na universidade, para investigar. “No primeiro dia que fez algumas análises, ele disse ‘você tem pelo menos dois novos minerais aqui’”, recordou.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1097 de 7 de Dezembro de 2022.