No início de Dezembro, Anitta revelou que foi recentemente diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, conhecido como o culpado pela “doença do beijo“. O anúncio da cantora brasileira, noticia o zap.aeiou.pt, foi feito durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmilla Dayer, que sofre de esclerose múltipla.
A escolha deste momento não foi por acaso, já que este vírus também pode causar esclerose múltipla. A artista descreveu receber a notícia como o “momento mais difícil da sua vida” e referiu quão importante foi a sua relação com a atriz.
“Quando começamos todo este contacto, e saíram os resultados, eu estava com o mesmo vírus da Ludmila em fase inicial. Hoje em dia, não há coincidências. Por sorte, por destino, eu consegui não chegar ao ponto que a Ludmila chegou. Ela foi uma bênção na minha vida e só alegria”, disse Anitta, citada pela mesma fonte.
No que consiste esta doença? Conhecida ainda como mononucleose, esta doença infeta as células nasais e da faringe e os linfócitos, que são as células de defesa. O vírus Epstein-Barr transmite-se através da saliva, daí ser conhecido como “doença do beijo”.
No entanto, não é só com beijos que se pode passar o vírus, já que o contacto com escovas de dentes, copos ou talheres usados por uma pessoa infectada também podem espalhar a doença.
O vírus afecta principalmente pessoas entre os 15 e 25 anos e é mais frequente nas grandes cidades, de acordo com os dados do Ministério da Saúde do Brasil citados pelo G1.
A maioria dos casos não apresenta sintomas, o que dificulta o seu diagnóstico e aumenta os níveis de transmissão. O seu período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais. Quando a infecção passa, o vírus torna-se inactivo, mas pode ser reactivado dentro do corpo do paciente.
Os sintomas incluem tosse, dores ao engolir, febre, falta de apetite, amigdalite, fadiga, irritação na pele, inchaço nos gânglios linfáticos ou dores nas articulações.
De acordo com a especialista Vanessa Radonsky, ouvida pela CNN Brasil, a doença é “normalmente benigna, autolimitada” e cura-se sem tratamento em poucas semanas. No entanto, há casos em que os pacientes sofrem com um estado de fadiga prolongado e precisam de vários meses para voltarem ao normal.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1099 de 21 de Dezembro de 2022.