Menores colados aos ecrãs 4h por dia. Mundo real já é um estorvo

PorExpresso das Ilhas,25 fev 2023 8:37

Estudo envolveu 400 mil famílias. Inúmeros menores passam a achar que o mundo “físico” ou real é “um estorvo” nas suas vidas…

Os menores passam ‘agarrados’ aos ecrãs, fora da sala de aula, cerca de quatro horas por dia, o equivalente a dois meses por ano, dando preferência a redes sociais como o TikTok sobre aplicações de comunicação como o WhatsApp.

Estes dados foram retirados de um estudo elaborado pela plataforma Qustodio, especializada em segurança e controlo digital para famílias que conta com mais de quatro milhões de utilizadores no mundo.

Todos os anos, escreve a agência Lusa, esta plataforma analisa a utilização que os menores fazem da Internet: as horas que passam em frente aos ecrãs, as aplicações e redes que mais utilizam ou as consequências que a hiperconectividade pode causar.

O estudo analisou as tendências e o uso de ecrãs por menores entre os 4 e 18 anos em quatro países – Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália – com cerca de 400.000 famílias a terem participado anonimamente, segundo os dados fornecidos pela plataforma e citados pela agência Efe.

O responsável desta plataforma, Eduardo Cruz, sublinhou esta segunda-feira, durante a apresentação do estudo à imprensa, a importância de adoptar uma “dieta digital” para tirar partido da Internet e dos ecrãs e tentar evitar os seus riscos e ameaças.

Entre as principais recomendações e conselhos para que os menores façam um uso responsável e não abusivo dos ecrãs, Cruz citou a importância de estabelecer um “cronograma tecnológico”, discutir os ambientes digitais, evitar que os mais pequenos se tranquem no quarto para usar os ecrãs, partilhar conteúdos digitais com a família, oferecer alternativas atraentes no mundo físico ou “real” e colocar os mais velhos a darem o exemplo.

Eduardo Cruz destacou também a importância de estabelecer horários sem conectividade e de conseguir que os ecrãs não subtraiam tempo ou espaço de outras atividades, como o sono, estudo ou lazer.

A hiperconectividade ou ligação contínua está a tornar-se um problema grave em muitos casos e a gerar problemas de dependência para inúmeros menores que acabam a entender o mundo “físico” ou real como “um estorvo” nas suas vidas, alertou.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1108 de 22 de Fevereiro de 2023.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Expresso das Ilhas,25 fev 2023 8:37

Editado porAndre Amaral  em  25 fev 2023 8:37

pub.

pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.