O crânio quase completo do saurópode pertence a uma espécie chamada Diamantinasaurus matildae. Os saurópodes são conhecidos pelo seu pescoço extremamente longo. Era também um titanossauro, o único grupo de dinossauros saurópodes a viver até ao fim do Cretáceo (há 145 a 66 milhões de anos), antes da extinção dos dinossauros não pertencentes à região, relatou o Live Science.
Segundo o zap.aeiou.pt, paleontologistas escavaram o espécime em 2018, num rancho de ovelhas a noroeste de Winton, em Queensland, na Austrália, e deram-lhe o nome de “Ann”. O D. matildae tinha o comprimento de um campo de ténis (23,77 metros) e pesava cerca de 27,5 toneladas, três vezes mais do que o Tyrannosaurus rex.
Os fósseis pareciam semelhantes aos ossos desenterrados na Argentina, o que levou os investigadores a pensar que os saurópodes viajavam entre a América do Sul e a Austrália, via Antártida. Alguns cientistas já tinham teorizado que estes gigantes usavam a Antártida para fazer a ponte entre continentes. Na altura, a Austrália, a Nova Zelândia, a Antártida e a América do Sul formaram o último remanescente do supercontinente Gondwana, de acordo com o Museu Australiano.
Agora, no novo estudo, os investigadores compararam o crânio do saurópode mais bem preservado encontrado até à data na Austrália com outros de todo o mundo.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1116 de 19 de Abril de 2023.