Astrónomos da Universidade da Flórida investigam as características de exoplanetas que estão em torno de estrelas menores e mais frias que o nosso Sol
De acordo com uma matéria publicado a CNN Brasil, os dados são de um novo estudo conduzido por astrónomos da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Os pesquisadores investigam as características de exoplanetas que estão em torno de estrelas menores e mais frias que o nosso Sol. Estima-se que o restante dos planetas provavelmente apresentam cenários inóspitos para a existência de vida.
A estudante de doutoramento da universidade, Sheila Sagear, afirma que os resultados apresentam novos caminhos para a pesquisa de planetas que se encontram fora do sistema solar. “Essas estrelas são alvos excelentes para procurar pequenos planetas em uma órbita onde é concebível que a água seja líquida e, portanto, o planeta possa ser habitável”, afirma Sheila, em comunicado.
O site R7.com avança ainda que o telescópio espacial Kepler, lançado pela NASA em 2009, procurou exoplanetas em trânsito, ou seja, planetas que passam na frente de suas estrelas hospedeiras quando observados da Terra. Durante sua missão de nove anos, o Kepler colectou dados de mais de 150.000 estrelas, permitindo que os astrónomos estimassem a prevalência de planetas potencialmente habitáveis em nossa galáxia.
Usando técnicas de modelagem estatística avançada, a equipe de pesquisa identificou padrões nos dados e descobriu que cerca de um terço dos planetas mais comuns, com tamanho semelhante à Terra, orbitam em uma zona habitável.
Isso significa que pode haver inúmeros planetas na nossa galáxia com potencial para abrigar vida. No entanto, é importante destacar que a presença de água líquida não garante vida, pois outros factores, como a composição atmosférica e a presença de elementos químicos essenciais, também são relevantes.
Essa descoberta tem implicações significativas para a busca por vida extraterrestre, reforçando a ideia de que a vida pode ser abundante no universo e aumentando as chances de encontrar civilizações além da Terra. Além disso, ela sugere que a Terra não é um caso isolado, mas parte de uma ampla gama de mundos possivelmente habitáveis.