Há décadas que a comunidade científica procura o Santo Graal da medicina: uma forma de parar ou reverter o envelhecimento.
Agora, uma equipa de investigadores da Columbia University, em Nova Iorque, identificou um marcador biológico que poderá representar um passo em frente nessa demanda.
De acordo com o estudo, a taurina, um nutriente encontrado em alimentos como carne e peixe e frequentemente usado em bebidas energéticas, poderá ser um factor crucial para estender a esperança de vida em humanos. E sim, se está a pensar numa famosa bebida energética com “touro” no nome, não é coincidência: a taurina é um dos ingredientes-chave do Red Bull.
Segundo os autores do estudo, publicado sexta-feira última na revista Science, a taurina prolonga a vida e melhora a saúde em várias espécies animais – e pode ganhar protagonismo com o tão procurado “elixir da vida“.
No decorrer do estudo, os investigadores observaram que os níveis deste aminoácido no corpo diminuem à medida que envelhecemos, tanto em animais como em seres humanos.
Em experiências realizadas em ratos de meia-idade, a reposição de taurina para níveis equivalentes aos encontrados espécimes jovens resultou num aumento da longevidade em mais de 10%, bem como numa melhoria da saúde física e cerebral.
Estes resultados são uma promissora descoberta na procura de formas de retardar o processo de envelhecimento, consideram os autores do estudo, citados em nota de imprensa publicada no EurekAlert.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1124 de 14 de Junho de 2023.