Nova análise ao sangue detecta cancros antes de surgirem sintomas

PorExpresso das Ilhas,12 nov 2023 8:54

Nova forma de análise de sangue pode identificar cancros letais muito antes de se manifestarem quaisquer sintomas.

O cancro, quando detectado nas suas fases iniciais, é muito mais tratável e, frequentemente, curável. Infelizmente, muitos cancros não são detectados até já terem metastizado, o que torna muito mais difícil a sua gestão e tratamento.

Agora, conforme relata o site aeiou, a necessidade de métodos não invasivos e acessíveis para detectar o cancro numa fase inicial levou os cientistas a explorar abordagens inovadoras, incluindo a procura de ADN, células e moléculas específicas que possam indicar a presença de cancro no organismo.

Os investigadores da Universidade Rockefeller, em colaboração com uma equipa internacional de cientistas, fizeram um avanço significativo no desenvolvimento de uma análise ao sangue capaz de identificar uma proteína-chave produzida pelas células cancerígenas.

Esta proteína, denominada ORF1p, é particularmente frequente em vários tipos de cancro, especialmente naqueles em que o gene crítico p53 não funciona correctamente.

O que distingue a ORF1p é o facto de ser produzida em quantidades significativas mesmo antes de o cancro poder ser detectado através dos meios tradicionais.

Para ultrapassar este desafio, os investigadores recorreram a uma tecnologia de ponta conhecida como Single Molecule Arrays (Simoa). A supersensibilidade da Simoa permite a detecção da ORF1p em níveis extremamente baixos na corrente sanguínea. Nos seus testes iniciais, a equipa de investigação identificou com sucesso a ORF1p em doentes com cancros da mama e colorretais em estado avançado.

Os investigadores analisaram o plasma de 400 indivíduos saudáveis, com idades entre os 20 e os 90 anos. Os resultados revelaram que a ORF1p era indetectável em 97-99% dos indivíduos saudáveis.

No entanto, numa pequena minoria, cinco indivíduos apresentavam quantidades visíveis de ORF1p no sangue. Um destes indivíduos, com o nível mais elevado de ORF1p, foi posteriormente diagnosticado com cancro da próstata avançado, apenas seis meses após o teste inicial.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1145 de 8 de Novembro de 2023.

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Autoria:Expresso das Ilhas,12 nov 2023 8:54

Editado porEdisângela Tavares  em  12 nov 2023 8:54

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