Investigadores da Universidade do Arizona apresentaram agora evidências que sugerem que esta rocha é um fragmento da Lua, provavelmente criado por um impacto de meteorito há milhões de anos.
A descoberta, publicada esta semana na Communications Earth & Environment e divulgada pelo site aeiou.pt, pode alterar a nossa compreensão sobre as rochas espaciais que representam uma ameaça à Terra e ajudar a encontrar novas formas de proteger o planeta contra futuras colisões.
A rocha tem entre 36,5 e 91,5 metros de largura e possui uma órbita única. Embora tecnicamente orbite o Sol, também espirala à volta da Terra, o que faz de Kamo oalewa um “quasi-satélite” – um tipo raro de objecto celeste. Segundo um estudo publicado em 2021 na Communications Earth & Environment, que usou simulações de computador avançadas para analisar as órbitas e propriedades dos corpos celestes no sistema solar, a composição da rocha é surpreendentemente semelhante à da Lua.
As descobertas têm implicações para a forma como monitorizamos e entendemos objectos próximos da Terra. Até agora, os cientistas consideravam como ameaças potenciais principalmente rochas originárias do cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter ou do cinturão de Kuiper no sistema solar exterior.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1145 de 8 de Novembro de 2023.