Campanha/Última Chamada: PSD faz balanço positivo da campanha

PorDulcina Mendes,18 mar 2016 8:00

Nna recta final da campanha legislativa de 2016, o líder do Partido Social Democrático (PSD), disse que está muito satisfeito com o trabalho que tem feito até agora, com contactos porta-a-porta em vários bairros da Praia, São Domingos e Cidade Velha.  

 

João Além afirma que a sua campanha tem corrido bem, e que a aceitação das pessoas ao seu partido tem sido muito boa. Por outro lado defende que em Cabo Verde não tem havido desenvolvimento desde a independência.

“Há 40 anos que não tem havido desenvolvimento, porque o dinheiro que os países deram gratuitamente para o desenvolvimento do país não foi aplicado em benefício do homem e o desenvolvimento é do homem e não da terra”, afirma João Além.

 

Política do PSD

João Além sublinha que o lema do seu partido tem sido alma sã em corpo são, educação, ensino e a instrução. “O poder de compra e a formação de consciência da família, para que ela possa desempenhar um papel importante na vida da nação, já que a família que é a base da sociedade e a sociedade é que forma a nação”.

O líder do PSD disse que é preciso que se faça a distinção entre o desenvolvimento e a transformação, porque os sucessivos governos só têm feito a transformação e esqueceram-se do desenvolvimento.

“O sofrimento do povo não foi levado em conta e esse sofrimento continua e vai continuar por muito tempo, porque esses dois maiores partidos políticos trabalham com pedaços de ideia e com os riscos que trazem as políticas de curto prazo. Este povo vai continuar a viver no sofrimento que os acompanha desde a independência”, frisou.

Para João Além as famílias estão praticamente abandonadas à sua própria sorte, “a criança que não foi formada conscientemente encontra-se na rua, onde existe todo o tipo de vandalismo”.  

João Além defende que os assaltos que têm acontecido no país são consequência das dificuldades em que o povo se encontra. “E para sobreviver em têm de ir tomar em quem tenha um pouco mais”. 

Conforme o líder do PSD o desenvolvimento tem de começar já e para desenvolver é preciso que as famílias tenham poder de compra. “O povo não tem poder de compra, o salário mínimo é de 11 mil escudos, não dá para pagar renda de casa, comprar medicamentos, pagar luz e água, comer e vestir”.

“Com todas essas estradas de que se gabam os senhores do PAICV, agora pergunta-se o quê que o povo vai comer?”, questiona João Além, dizendo que muitas famílias estão com fome, inseguras e desempregas.

Segundo o líder do PSD todos os males sociais são fruto da má governação que tem havido desde independência. “Por isso que não temos que pensar só em empregos, mas fazer uma política de fundo, para criar condições para que o povo absorva alguma coisa, que neste caso é o trabalho”.

“Nós exigimos que as famílias tenham o poder de compra, uma vez que o governo se gaba que somos um país de rendimento médio. Num país de rendimento médio é preciso que haja um salário no mínimo compatível. Um salário de 20 mil escudos não seria mais compatível com um país de rendimento médio, como o país tem sido reconhecido”, citou.

 

Objectivo

João Além mostra-se convicto que se não houver  corrupção, roubo, desvio e compra de votos, o seu partido terá um grande número de votos.

“Em Cabo Verde jamais poderemos dizer que temos um país de gente honesta, porque a desonestidade começa no próprio governo. Nessas eleições os principais partidos entregam-se à malfeitoria ou contratam “mestres” para conseguirem o lugar que não merecem e farão todos os possíveis para que os votos não cheguem a quem de direito os merece ”, frisou João Além.

 

Educação

Para João Além a educação nunca existiu em Cabo Verde e nunca se pensou que a educação faria falta, por isso há meninos de rua. “Temos que pensar que além da educação, o ensino tem sido uma vergonhosa acção cabo-verdiana, porque a dificuldades das pessoas em assumirem aquilo que deveriam saber e não sabem, dificulta encontrar solução para os  problemas de Cabo Verde”.

De acordo com aquele político, o ensino é uma porta para toda a espécie de trabalho que possamos ter, e em Cabo Verde  o ensino não tem funciona convenientemente. “As pessoas não aprendem e não podem ser empregadas com salário adequado àquilo que merecem ter, e caímos numa situação em que estamos, em que se governa pela corrupção”.

 

Texto adaptado do original, publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 746, de 16 de Março de 2016.

 
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Autoria:Dulcina Mendes,18 mar 2016 8:00

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  18 mar 2016 9:10

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