Feminismo é um conjunto de movimentos políticos e sociais e de filosofias que têm como objetivo comum a igualdade de direitos e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de género. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias que advogam pela igualdade entre homens e mulheres,
As activistas feministas (existem feministas que não são activistas) fazem campanhas pelos direitos legais das mulheres (no passado direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelo direito ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela protecção de mulheres e meninas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e contra todas as outras formas de discriminação.
Feminismo não é “machismo de saia”
Ao contrário do que (ainda) muitos pensam, o feminismo não é um movimento sexista, ou seja, que defende a supremacia do feminino sobre o masculino, mas sim uma luta pela igualdade entre os géneros.
Feminismo e femismo possuem significados completamente diferentes. O feminismo funciona não como uma tentativa de sobrepor o "poder feminino" sobre o masculino, mas sim de lutar pela igualdade entre mulheres e homens em todos os sectores da sociedade. O femismo, por sua vez, pode ser considerado o reverso do machismo, isto é, trata-se de uma ideologia de superioridade da mulher sobre o homem. O femismo, assim como o machismo, prega a construção de uma sociedade hierarquizada a partir do género, nesse caso baseada em um regime matriarcal.
Como luta por mudanças profundas nas sociedades e confrontação ao poder instituído, o feminismo encontrou ( e ainda encontra) muita resistência, sobretudo por parte dos que eram privilegiados pelas normas estabelecidas. Uma das estratégias para minar o movimento foi criar estereótipos da imagem das feministas (como raivosas, amargas, pouco femininas e contra o casamento e a maternidade, etc.) e por isso a rejeição de algumas mulheres a serem conotadas à palavra. E no entanto o feminismo, para além de defender a igualdade de direitos, é pelo direito de escolha das mulheres.
Actualmente, não são apenas as mulheres a se intitularem feministas. Há cada vez mais homens a defenderem as bandeiras feministas e a assumirem-se feministas, isto é, defendem o empoderamento das mulheres de modo a que alcancem plenamente os mesmos direitos que os homens.
Charles Fourier, um socialista utópico e filósofo francês, é creditado como tendo inventado a palavra "feminismo" em 1837. A maioria dos historiadores ocidentais do feminismo afirma que todos os movimentos que trabalham para obter os direitos das mulheres devem ser considerados feministas, mesmo quando eles não apliquem o termo a si mesmos.