Após uma série de investigações realizadas pelo Hospital Universitário do País de Gales, surgiu esta abordagem original da Realidade Virtual para as gestantes.
A tecnologia da realidade virtual induz efeitos visuais e sonoros, que permitem total imersão no ambiente simulado. Dessa maneira, as parturientes são capazes de interagir ou não com o que vem ao seu redor, dependendo das possibilidades do sistema utilizado.
Segundo a chefe de obstetrícia do conselho de saúde de Cardiff, Suzanne Hardacre, espera-se que a tecnologia seja uma alternativa para o controlo da dor. Hardacre disse ainda à BBC, que “existe uma grande oportunidade, particularmente, de usar isso com mulheres em trabalho de parto precoce, para tentar ajudá-las a respirar, relaxar e tirá-las do momento”.
Os óculos são entregues às mulheres em estágios iniciais do parto que é, de acordo com a profissional, quando possuem mais controlo da situação. Para coisas como parto prematuro no momento, podemos oferecer água, respiração e relaxamento”, acrescentou Hardacre.
Após a arena de jogos, a realidade virtual expandiu-se e, agora, chega à área das terapias. Afinal de contas, “uma estadia num hospital nunca é agradável. Portanto, mesmo se olhar para ela do ponto de vista terapêutico, basta afastar as pessoas do ambiente desconfortável em que se encontram — é uma solução muito fácil de ter”, explicou a obstetra Hardacre.
A experiência virtual
Antes do nascimento do seu primeiro bebé, Hannah Lelii testou o kit e contou que funciona como “um simulador”. Como “são 360 grau, quando me viro, tenho a visão que estaria atrás de mim ou ao meu lado”, disse Lelii, citada pelo ZAP. Prosseguindo, acrescentou que a tecnologia a “ajudou a relaxar”. Após os testes, Lelii declarou-se uma “grande fã” da novidade e explicou que a escolha “pode não ser para todas [as grávidas] e pode não ser para todas as etapas do trabalho de parto, mas é outra alternativa” para distrair as dores.
Aumentando a gama de alternativas para o relaxamento, “a realidade virtual apenas traz outra dimensão para isso”, conclui. Por ora, a expectativa é que a tecnologia seja útil, principalmente, para mulheres que já tiveram partos traumáticos. Entretanto, nada impede que a experiência se estenda para outros tipos de terapia, na tentativa de acalmar e reduzir a ansiedade dos pacientes nos hospitais.