O estudo que foi publicado no Biophysical Journal mostra que as máscaras aumentam substancialmente a humidade do ar que o utilizador da máscara inspira.
Esse nível mais alto de humidade inalada pode, segundo os investigadores, ajudar a explicar por que o uso de máscaras tem sido associado à menor gravidade da doença em pessoas infectadas. Isto porque a hidratação do trato respiratório é conhecida por beneficiar o sistema imunitário.
Estes níveis de humidade podem limitar a propagação de um vírus para os pulmões, promovendo a depuração mucociliar, um mecanismo de defesa que remove o muco e as partículas potencialmente prejudiciais dos pulmões.
A acrescentar, níveis elevados de humidade também podem fortalecer o sistema imunitário, produzindo proteínas especiais, chamadas interferons, que lutam contra os vírus.
O estudo testou uma máscara N95, uma máscara cirúrgica descartável de três camadas, uma máscara de algodão-poliéster de duas camadas e uma máscara de algodão.
Os investigadores mediram o nível de humidade fazendo os voluntários respirar para uma caixa de aço lacrada. Quando a pessoa não usava máscara, o vapor de água do ar exalado enchia a caixa, levando a um rápido aumento da humidade dentro da caixa.
Quando a pessoa usava máscara, a acumulação de humidade dentro da caixa diminuía bastante, devido à maior parte do vapor de água que permanece na máscara, condensando-se e sendo novamente inalado.
Os resultados mostraram que todas as quatro máscaras aumentaram o nível de humidade do ar inspirado.